Nova Maturidade

Mesas debatem participação e doenças crônicas

A tarde do primeiro dia (4 de novembro) do Simpósio do IPGG (leia aqui mais sobre o evento) teve como temas principais participação e doenças crônicas. A primeira mesa abordou “Trabalhar, empreender, colaborar e participar: caminhos para o envelhecimento ativo”. A mediadora foi a profa. dra. Andréa Lopes, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da USP e responsável pelo grupo de pesquisa Envelhecimento, Aparência e Significado. No dia 29 de novembro, às 9h30, o grupo promove seu primeiro seminário no auditório vermelho da Each. Saiba mais na página do Facebook GrupoEAPS.

A professora apresentou seu trabalho de doutorado sobre voluntariado e envelhecimento, pesquisando instituições no Brasil, Estados Unidos e no Japão. Nas fotos da pesquisa, independente do local, pessoas idosas sorrindo, reunidas em grupo, aprendendo e ensinando, em movimento na luta a favor de uma causa. Segundo ela o voluntário não apenas doa, mas troca talentos, competências, benefícios e solidariedade.

Andrea Lopes no Simpósio do IPGG
Andréa Lopes falou sobre envelhecimento e voluntariado

E reforçando que as atividades devem ser planejadas com eles e não para eles, possibilitando um engajamento interessante e transformador. O desafio para a sociedade, de acordo com Andréa, está em superar a incapacidade para criar papéis sociais para esta faixa etária que, muitas vezes, ainda é alvo de preconceito. O nível de atividades e contatos vai influenciar a satisfação das pessoas idosas com a vida.

Entre os convidados da mesa Rogério Pimenta responsável pelas oficinas de teatro da Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) da Each; Mórris Litvak, da Maturijobs (startup responsável pelo Maturiday que foi tema de matéria no blog), e Lilian Shibata e Ary Filler, do grupo Trabalho 60+ (leia aqui sobre o grupo). Na foto principal, a mesa com Ary, Lilian, Mórris, Rogério e Andréa Lopes.  

Doenças crônicas

O primeiro dia do evento terminou com a Conversa com Especialistas “Doenças crônico-degenerativas não transmissíveis: até quando continuaremos morrendo de suas complicações?”. O moderador foi o médico geriatra e diretor do IPGG, o prof. dr. Francisco Souza do Carmo.

Na segunda mesa, Monica, Silvia, Francisco, Juliana e Timóteo

Os palestrantes foram a dra. Silvia von Tiesenhausen de Souza-Carmo, do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; a nutricionista Juliana dos Santos Cantaria e a profa. Esp. Mônica Cristina Brugnaro dos Santos, ambas do IPGG, e o prof. Ms. Timóteo Leandro Araújo da FMU e do Centro Estudos Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul.

De acordo com a médica cardiologista Silvia a discussão sobre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) aumentou nos últimos anos. E de acordo com o Observatório Global da Organização Mundial da Saúde, essas doenças são barreiras para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.

A nutricionista Juliana apresentou diretrizes de prevenção cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) que preconizam que pacientes com pré-hipertensão ou hipertensão arterial devem reduzir o consumo de sódio e manter o consumo adequado de frutas frescas, hortaliças e produtos lácteos com baixo teor de gordura.

As diretrizes incluem também os benefícios de estratégias de controle de peso com atividade física e orientação dietética. O trabalho realizado por Juliana no IPGG conta com consultas individuais com os idosos e também os familiares que são chamados a participar de todo processo.  Com a equipe de enfermagem, a Nutrição mantém ainda um grupo de prevenção cardiovascular.

Em movimento

Timóteo Leandro Araújo movimentou toda a plateia. Para ele, a atividade física não é apenas para dar mais vida, mas para dar o que a pessoa que pratica quiser. E a intensidade ideal é aquela em que seja possível sorrir, conversar com o outro e ser feliz.

As boas práticas do IPGG em atividades físicas foram trazidas por Monica Cristina Brugnaro dos Santos. Entre elas, grupos de ginásticas e de resistência aeróbica, alongamento, exercícios de força, caminhadas, danças sênior e circular e coreografia. Voluntários também desenvolvem atividades como karatê e radio taissô. O IPGG também promove passeios e bailes. (Katia Brito)  

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