Uma videoconferência nesta sexta-feira, dia 30 de abril, marcará o lançamento do movimento internacional #StopIdadismo. No evento, transmitido simultaneamente para 11 países de línguas portuguesa e espanhola, será apresentado o site oficial da iniciativa (www.stopidadismo.pt) e lançada a campanha #VamosFalarDeIdadismo. No Brasil, a live começará às 11 horas na página do movimento no Facebook e no canal do YouTube.
A cerimônia virtual terá a presença do médico gerontólogo e epidemiologista Alexandre Kalache, consultor das Nações Unidas para questões do envelhecimento e uma das principais referências no tema. Também participam José Carreira, representante do #StopIdadismo; Laura Cañete (ASISPA, da Espanha); António Ferrari (assessor de Comunicação da ONU para Portugal) e Rosa Monteiro (Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade de Portugal). A moderação será de Ana Carrilho, jornalista da Rádio Renascença.
O movimento atende a um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), por ações que combatam o chamado idadismo, comportamento que ficou ainda mais evidenciado na pandemia de covid-19. De acordo com relatório lançado pela OMS e outras agências da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 18 de março de 2021, uma em duas pessoas discrimina idosos, com atitudes que agravam a sua saúde física e mental e reduzem a sua qualidade de vida.
Organizado com base em uma pesquisa realizada com 83 mil pessoas em 57 países, o “Relatório Global sobre Preconceito de Idade” apontou que “a discriminação por idade se infiltra em muitas instituições e setores da sociedade, incluindo aqueles que fornecem assistência médica e social, no local de trabalho, na mídia e no sistema jurídico”.
O documento nota que as respostas para controlar a pandemia de covid-19 revelaram o quão generalizada é a discriminação por idade, na medida em que pessoas mais jovens e idosas foram estereotipadas no discurso público e nas redes sociais.
Parcerias
Em linha com a OMS, um conjunto de organizações sociais e meios de comunicação de países iberoamericanos estruturou o movimento global #StopIdadismo. Iniciado na Espanha pela ASISPA (instituição de atenção a pessoas em vulnerabilidade e exclusão social), o movimento rapidamente recebeu apoio em Portugal das Obras Sociais Viseu e Together International Portugal (ONG que atua no combate às desigualdades sociais e campanhas de ajuda humanitária), além das adesões de ANIES, Magestil, Miss Viseu, Revista AmoViseu, Revista Bica, Revista Envelhecer e RSDHEAS Portugal e Brasil.
A campanha cruzou o Atlântico com parcerias no Brasil com do Portal LongeviNews, Aptare 360, 50 Mais Aprendiz Digital, Jornal da 3ª Idade, Página 2 e o Movimento Nacional Vidas Idosas Importam. A iniciativa também tem apoiadores na Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, México (Universidad Autónoma de Querétaro), Panamá e Venezuela.
O objetivo central do movimento #StopIdadismo é produzir e difundir informações, reflexões, dados atualizados e outros elementos que contribuam para ações organizadas de enfrentamento ao idadismo. Na live de lançamento será lançada a campanha #VamosFalarDeIdadismo, que pretende recolher testemunhos sobre uma das causas de marginalização mais comuns no mundo: a discriminação em função da idade.
Como participar
A proposta da campanha é reunir e compartilhar depoimentos para sensibilizar as pessoas sobre as melhores estratégias para pôr fim a esse tipo de preconceito e construir uma comunidade para todas as idades. Para participar, basta gravar com celular um vídeo de curta duração, preferencialmente com a tela na horizontal, respondendo a três perguntas: 1. Alguma vez foi discriminado pela idade? 2. Que razões podem motivar essa discriminação? 3. Como podemos combater o idadismo?
Os vídeos e outras manifestações de apoio devem ser encaminhados para o endereço info@stopidadismo.pt e serão publicados no site próprio do movimento (www.stopidadismo.pt). Podem também ser compartilhadas nas redes sociais com as hashtags #StopIdadismo #VamosFalarDeIdadismo #AWorld4AllAges #StopEdadismo #UmMundoParaTodasAsIdades.
(Fonte e imagens: Movimento StopIdadismo)