Trabalho - Maria Eunice, contratada aos 49 anos
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Trabalho: recolocação é desafio para os 45+

O mercado de trabalho é um desafio não apenas para os 60+. Antes mesmo, a partir dos 45 anos, as oportunidades já se tornam mais raras. Este é um dos públicos atendidos pelo projeto social de empregabilidade PlugaJobs, um canal gratuito disponibilizado em mais de cinco estados para divulgação de vagas de diversas áreas. Criado em 2015, na cidade de Jacareí (SP), pela administradora e contadora Karla Clarinda, o projeto já intermediou a contratação de mais cinco mil pessoas.

Especialista em recolocação profissional. Karla conta que decidiu trabalhar com esse público ao constatar há dificuldade destas pessoas para se recolocar. “São pessoas que possuem bastante experiência, são totalmente comprometidos, resilientes e flexíveis ao aceitar uma proposta de emprego. Eles aceitam oportunidades que não estejam 100% dentro do perfil, estão dispostos para mudanças e têm sede para aprender”, destaca.

Mesmo representando 40% do total de participantes do projeto, Karla acredita que é um número relativamente baixo: “Muitos profissionais desistem de buscar um trabalho por conta da dificuldade, mas eles jamais podem esquecer que suas competências técnicas são atrativas para o mercado atual. Muitos têm qualificações robustas e os recrutadores buscam isso”. Acompanhe o projeto social no site e no Instagram @plugajobs.

Currículo de Consultor

Karla Clarinda - PlugaJobs

Para atender esse público, o projeto criou a ação “Currículo de Consultor”, com a opção de atuar como um consultor, sendo contratado como Pessoa Jurídica (PJ). ”Criamos uma estratégia para ele conseguir uma oportunidade de projeto ou até mesmo um contrato de forma indeterminada. Todo o processo é construído de maneira humanizada e para que o profissional acima dos 45 se sinta confortável ao fazer essa transição. Ensinamos planejamento, ele passar por uma consultoria de negócio já que ser dono do próprio nariz, é uma novidade”, conta Karla (foto).

Embora algumas empresas estejam criando programas para contratação de seniores e investindo em ações intergeracionais, ainda são muitos os desafios no mercado de trabalho. “As empresas precisam aceitar e perceber que existe vida após os 45! São profissionais cheios de energia, ideias, conhecimentos, vivência e isso não pode ser jogado fora. Essas iniciativas de inclusão são extremamente necessárias já que nosso país está envelhecendo. Em 2030, 29,6 milhões de pessoas terão mais de 60 anos no país. Abraçar a longevidade é uma missão que precisa ser bem-vista por todas as empresas”, ressalta Karla.

Trabalho - Maria Eunice, contratada aos 49 anos

Contratada

Maria Eunice (foto), de 49 anos, conquistou uma oportunidade de trabalho por meio do projeto social. Costureira, ela trabalha na loja Fabiola Molina Store desde novembro de 2020. Nos nove meses em que esteve desempregada, ela fez cursos online com objetivo de se atualizar e assim encontrar mais oportunidades.

“Na minha área ter mais que 45 pode ajudar a nível de experiência. No geral, acredito que isso também vem sendo bastante visto por outras empresas e segmentos. Para ter mais entrada no mercado, as empresas precisam entender que a geração dos 45+, alinhada com as novas, irá garantir mais experiência e vivência para o time”, defende.

Trabalho - gerente Levânia Câmera

Levânia Câmera (foto), gerente de produção da loja, afirma que a idade não é um impedimento para contratações na empresa: “Normalmente na área da costura, damos mais ênfase para a experiência do que para idade. Pretendo contratar outas pessoas, sim! Quanto mais a empresa cresce, esse andamento se torna normal. E, a idade não é algo que olhamos. Para contratação, a gente analisa todo um contexto”.

A loja, segundo a gerente, tem várias gerações atuando juntas em diferentes áreas. “Trabalhar com pessoas novas garante mais modernidade e uma atualização para os mais velhos. E, profissionais com mais de 45 geram mais experiência, enriquecendo a trajetória de seus colegas mais novos. É uma troca muito positiva para a empresa. É legal entender o que de fato cada profissional irá contribuir para tal cenário”, destaca.

(Fonte: Moztarda Comunicação)

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