Idosos - impacto vacinação contra a covid-19
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Brasil completa um ano da vacinação contra covid

O dia 17 de janeiro marca um ano do início da campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil. Mesmo com a recente alta de casos em virtude da variante Ômicron, com certeza foi a efetividade do imunizante que resultou na redução de casos mais graves da doença e da mortalidade. Apesar do avanço da cobertura, especialistas reforçam a importância do passaporte vacinal como uma política pública de estímulo à vacinação e à proteção coletiva.

A efetividade da vacina contra a covid-19 vem sendo observada pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz desde o início da campanha. As análises da plataforma mostraram impacto muito positivo na redução das internações e da mortalidade em idosos, que foi o grupo prioritário para a primeira e segunda doses na primeira etapa.

Em um ano, o Brasil registra 78,8% da população vacinada com a primeira dose e 68% totalmente imunizada (com duas doses ou dose única). Embora ainda não seja a cobertura suficiente em termos de saúde pública para um cenário de total segurança, a campanha pode ser considerada um sucesso.

A primeira brasileira a se vacinar com a Astrazeneca, no dia 24 de janeiro, Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, enalteceu a qualidade, a eficácia e a segurança das vacinas. Segundo ela, foram realizados diversos estudos de fase 3, cujos resultados mostraram o percentual de eficácia, quantas doses devem ser aplicadas, além da avaliação de eventuais reações adversas.  

Para os especialistas, outras medidas preventivas também continuam sendo fundamentais, como o uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento físico e social. Especialistas também defendem que o elevado número de mortes e o colapso no sistema de saúde de 2021 poderiam ter sido evitados se o país tivesse se preparado corretamente e antecipado a aquisição das vacinas.

Fake news

Levantamento feito pelo aplicativo Eu Fiscalizo, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, entre 26 de março de 2020 e 31 de março de 2021, revelou que, entre as notícias falsas sobre a covid-19 que circulam na internet, 19,8% eram sobre as vacinas.

O aplicativo, desenvolvido para que usuários notifiquem conteúdos impróprios em veículos de comunicação, mídias sociais e whatsapp, mostrou ainda que o meio digital mais usado para a divulgação de conteúdo falso sobre as vacinas foi o Instagram (46%), seguido pelo WhatsApp (24%), Facebook (14%), sites (12%) e Twitter (4%).

Esse tipo de desinformação vem dando fôlego ao movimento antivacina. O discurso dos adeptos baseia-se, principalmente, no negacionismo científico, com argumentos sem evidências concretas que utilizam informações falsas ou retiradas do contexto sobre a vacinação.

Desafios

O país chega, neste primeiro ano de vacinação, celebrando a aprovação do registro do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que possibilitará a produção e distribuição de uma vacina 100% nacional para a Covid-19 e iniciando a vacinação nas crianças de 5 a 11 anos para ampliação da cobertura.

Para 2022, os pesquisadores destacam a necessidade da manutenção das medidas não farmacológicas de prevenção do vírus, além da exigência do passaporte vacinal e de diminuição da heterogeneidade na cobertura.

(Fonte: Informe Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca – ENSP/Fiocruz)

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