Uma das primeiras apoiadoras no Brasil do movimento #StopIdadismo, que celebrou seu primeiro ano em abril, foi Maria do Carmo Cunha, a Madis, empreendedora digital e uma das responsáveis pelo projeto Envelhecer com Estilo. “José Carreira, empreendedor social, apresentou em fevereiro de 2021, o objetivo do movimento que é sensibilizar, identificar e eliminar os preconceitos e a marginalização das pessoas idosas. De imediato aceitei e passei a integrar o movimento, pois os nossos objetivos são os mesmos: transformar o envelhecimento em uma experiência saudável e positiva”, conta.
O Envelhecer com Estilo, com mais de mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, como destaca Madis, tem como missão a convivência com respeito, informação com veracidade, escuta ativa com amor, envelhecimento saudável com estilo, incentivo a novos olhares e combate ao ageísmo, idadismo e etarismo.
Madis diz que quando apresentou o #StopIdadismo aos seguidores do Envelhecer com Estilo, seja no grupo, fanpage, Instagram, blog e podcast, a adesão foi espontânea. “Eles foram espontaneamente se mobilizando e todos têm orgulho de participar, pois o movimento deu voz para os 60, 70, 80, 90+. Uma geração: independente, empoderada, que viaja, que participa de grupos discutindo diferentes temas”, ressalta.
Nas imagens, depoimentos da participantes do Envelhecer com Estilo, Adele Pereira e Nini Araújo. Elas são ativistas do movimento, assim como Madis que contribui na divulgação das ações e na conquista de novos apoiadores. “Eu acredito nas pessoas engajadas nesse movimento, nos mostram como é importante estar ativos, conectados fortalecidos nessa jornada da longevidade”, destaca a empreendedora digital.
Movimento em ações
Entre as ações deste primeiro ano, Madis destaca o lançamento oficial no dia 30 de abril de 2021, através de videoconferência simultânea com 11 países participantes; e o apoio e divulgação no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, no dia 15 de junho. A data foi instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa (Inpes), com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o combate das diversas formas de violência cometida contra as pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
O movimento ainda integrou a vitoriosa campanha contra a proposta em discussão na Organização Mundial da Saúde (OMS) de considerar a velhice como doença, na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), que estava prevista para janeiro de 2022. “Isso seria um retrocesso na discussão de propostas pela conquista do envelhecimento ativo. Velhice não é sinônimo de fragilidade ou de doença, mas de produtividade e de alegria. Nós do Movimento #StopIdadismo abraçamos e apoiamos a causa #VelhiceNaoEDoenca , pois reconhecer o processo natural da velhice torna a vida mais leve e mais proveitosa”, salienta Madis.
Destaque também na participação e divulgação sobre o tema Idadismo, que estão no canal: https://www.youtube.com/c/REVISTAENVELHECER/videos . No dia 12 de março deste ano, foi lançado o manifesto “#StopIdadismo: Não à Discriminação Pela Idade” , através da plataforma change.org por uma sociedade mais inclusiva e amiga de todas as idades.
Para celebrar o primeiro ano do movimento, no dia 30 de abril, muitas das seguidoras do projeto Envelhecer com Estilo deixaram seus depoimentos. Segundo Madis, elas fizeram questão de agradecer e dizer o orgulho que sentem de fazer parte desse movimento que deu voz 70+, 80, 90+. Tudo está no site: https://stopidadismo.pt/
Novos conceitos
A ativista ressalta a importância da iniciativa: “O movimento #Stopidadismo chegou para mudarmos nossas crenças, aceitarmos novos conceitos e transformar o envelhecimento em uma experiência saudável e positiva. Muito importante estarmos juntos com outros países. Acredito no compartilhamento de informações, na troca de experiências e que o diálogo permanente e aberto é uma maneira eficaz de nos comprometermos com as coisas que importam e entender que acabar com a discriminação requer uma ação coletiva”.
A expectativa é grande para o futuro do movimento: “Sou ativista e fazer parte desse movimento é ter consciência do meu papel na sociedade. Tenho muito orgulho de participar e sei que existe um longo caminho para esses preconceitos deixarem de existir, mas todo caminho começa com o primeiro passo, por isso, sou #StopIdadismo e juntos somos fortes e podemos fazer mudanças positivas”.