Em 2023, a força de trabalho do Estado de São Paulo correspondia a 26,4 milhões de pessoas, 13,4% superior à de 2014 (23,3 milhões de pessoas). Parte dessa ampliação foi decorrente do aumento da participação dos idosos, que passou de 5,9% em 2014 (1,4 milhão), para 8,3% em 2023 (2,2 milhões). Entre 2014 e 2023, o contingente de idosos na força de trabalho cresceu 56,3%, na Região Metropolitana de São Paulo, e 60,1%, no interior do Estado. O levantamento é da Fundação Seade.
A maior presença de idosos no mercado de trabalho paulista decorre de fatores demográficos, em especial do aumento da longevidade, bem como de circunstâncias socioeconômicas, como o prolongamento da vida economicamente ativa e a necessidade de subsistência ou complementação da renda familiar. Tais fatores respondem, em grande medida, pela elevação da taxa de participação de 23,8% para 26,2%, entre 2014 e 2023. Esse crescimento ocorreu tanto na Região Metropolitana de São Paulo (de 24,7% para 27,6%) como no interior (de 23,0% para 25,1%).
Entre 2014 e 2023, o contingente de ocupados no Estado passou de 21,6 milhões para 24,5 milhões, acréscimo de 2,9 milhões de pessoas ou 13,4%. Dessas novas ocupações, 754 mil foram ocupadas por idosos, o que ampliou a parcela desse contingente de 6,2% para 8,6% do total de ocupados do Estado, entre 2014 e 2023.
O crescimento do número de idosos ocupados foi maior no interior (57,6%) do que na Região Metropolitana de São Paulo (54,2%), ampliando seus contingentes para 1,1 milhão e 1,0 milhão, respectivamente, em 2023.
Formas de trabalho
Entre 2014 e 2023 cresceu o número de idosos em empregos formais (de 432 mil para 627 mil), no Estado de São Paulo, entretanto, houve um aumento significativo de outras formas de ocupação (de 916 mil para 1,5 milhão), as quais passaram a representar 70,2% do total de idosos ocupados em 2023, ante 67,9%, em 2014.
Na Região Metropolitana, mesmo com crescimento do emprego formal, diminuiu a participação desse segmento no total dos idosos ocupados, entre 2014 e 2023 (de 32,2% para 29,1%), devido à ampliação mais intensa das outras formas de ocupação, que passaram de 67,8% para 70,9% dos idosos ocupados. Já no interior, aumentou a proporção das outras formas de ocupação (de 68,0% para 69,5%) e redução da participação dos empregos formais (de 32,0% para 30,5%), no mesmo período.
Serviços
O aumento do total de idosos ocupados no Estado, entre 2014 e 2023, tanto na Região Metropolitana como no interior, ocorreu de forma diferenciada em relação aos setores de atividade econômica: houve redução da participação na agricultura, no comércio e, em menor medida, na indústria e aumento na construção e nos serviços – 58,2% dos idosos estão ocupados neste último setor. Destaque, porém, para o crescimento da participação dos idosos ocupados na indústria no interior do Estado.
(Fonte: Seade / Imagem Freepik)