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Mercado grisalho: Embalagens e saúde

Diante do envelhecimento da população e toda a diversidade e especificidade desse público com mais de 60 anos, o mercado de consumo precisa se adaptar. Quando se trata de embalagens, por exemplo, segundo a professora Claudia Weber Moura, do curso de Design Gráfico da ESPM, o que é bom para o idoso, é bom para todos, e as embalagens precisam ter clareza, organização e simplicidade.

Durante o Fórum de Comunicação e Consumo para o Mercado Grisalho, realizado na última quinta-feira pela Free Aging e a ESPM, Claudia apresentou brevemente o trabalho desenvolvido para sua dissertação “O Idoso e a Embalagem”, que resultou em uma cartilha que aponta parâmetros para projetos gráficos de produtos que serão vendidos em canais de autosserviço, que respeitem as especificidades da pessoa idosa. Ela ouviu idosos, designers experientes e designers com mais de 60 anos.

O trabalho destaca as mudanças provocadas pelos múltiplos aspectos do envelhecimento, os obstáculos que podem ser provocados pelo projeto gráfico das embalagens e aponta soluções, como o investimento em uma comunicação intergeracional no lugar do foco apenas no público jovem e adulto, e o uso de letras maiores e uma tipografia que garantam a legibilidade. Saiba mais no site Design60mais.

Saúde

O painel, coordenado pelo professor Ricardo Zagallo Camargo, reuniu pesquisas desenvolvidas na ESPM sobre o envelhecimento em diferentes segmentos, como comunicação e consumo pela professora Tania Zahar Miné e gerações pelo professor . Destaque também para o trabalho de Marília Duque, doutoranda da ESPM e pesquisadora do estudo global “Smartphones, Smart Ageing”, coordenado pela University College London. A pergunta: “Pode a tecnologia ser a porta de entrada para o envelhecimento saudável e ativo? “, suas pesquisas resultaram em guias de boas práticas de WhatsApp para a saúde e nutrição, identificando o potencial da rede social, a mais utilizada pelos idosos. Um manual gratuito está disponível no site Saúde e Envelhecimento, reunindo protocolos de comunicação, que têm o objetivo servir de referência para hospitais e clínicas.  

No campo da Nutrição, como Marília explica no mesmo site, “uma ideia simples: registrar os hábitos alimentares em um diário visual com o uso do WhatsApp”. O registro e a visualização do que é ingerido, permite que os pacientes se conscientizem dos seus hábitos, reflitam sobre o que comem e com que frequência, e possam também intervir, mudar seu dia a dia. O protocolo está sendo testado pelo Setor de Estudos de Envelhecimento da Unifesp. (Katia Brito)

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