Ansiedade é uma denominação comum para definir diversas sensações. Entre elas estão: medo, angústia, nervosismo, apreensão, insegurança e preocupação. O transtorno pode levar a dois extremos – a vontade exagerada de comer ou a perda total do apetite.
Segundo a psicóloga Ana Beatriz Cintra, que tem como uma de suas especialidades o tratamento de distúrbios alimentares, algumas condições emocionais acabam provocando uma disfunção hormonal e consequentemente maior consumo de alimentos.
“A ansiedade, nesse sentido, fará a pessoa comer compulsivamente na tentativa de aliviar a tensão ou extinguir a sensação que a faz sofrer. Além disso, também provoca resistência à leptina, hormônio da saciedade, causando mais fome”, explica.
A psicóloga ainda afirma que o modo que cada indivíduo se relaciona com a comida é único e deve ser analisado. “Ter consciência do papel que o alimento tem na vida e o espaço destinado a ele poderá possibilitar mudanças nessa relação e ajudar na reconciliação com o corpo, até então rejeitado e agredido, reflexo de um processo interior envolto em conflitos.”
Em contrapartida, há quem perca totalmente o apetite se exposto à situações estressantes ou que causem ansiedade. “Aqui a pessoa paralisa, trava. Não só perde a vontade de comer, mas também de realizar ações cotidianas como atividades físicas ou trabalhar. O efeito é inverso ao do compulsivo alimentar. Muitos dias sem comer poderá causar a perda de peso”.
A falta de alimentação correta e saudável, segundo a especialista, também provoca disfunções metabólicas, impedindo, por exemplo, a produção de neurotransmissores importantes para a sensação de bem-estar como a dopamina e a serotonina. “A baixa de melatonina trará insônia. É preciso ficar atento”, orienta Ana Beatriz.
Autoconhecimento
A psicóloga orienta, que o tratamento de distúrbios alimentares causados pela ansiedade pode começar pela busca pelo autoconhecimento. “Se conhecer e saber o que causa a angústia e o medo é a minha primeira sugestão. Às vezes isso não é possível sozinho; a pessoa está tão frágil e desamparada, absorvida por medos, que precisará de ajuda profissional”.
Porém, de acordo com Ana Beatriz, só reconhecer que há um problema e buscar tratamento já é um grande avanço: “O abismo, às vezes, só tem meio metro de altura. O autoconhecimento trará mais confiança e autoestima para encarar os desafios cotidianos da vida”, finaliza.
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(Fonte: ADCom Comunicação Empresarial / Imagem principal de Gerd Altmann por Pixabay)