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Além da Covid-19: idosos precisam de outras vacinas

Vacinas - Imunização

A ansiedade é grande em todo o mundo pela produção das vacinas contra a Covid-19. Enquanto ela não fica pronta, é preciso lembrar dos imunizantes que estão à disposição das pessoas e acabaram esquecidas por conta do coronavírus. Principalmente as indicadas aos idosos, que se viram no centro das atenções desde que a pandemia do novo coronavírus começou.

“Vejo um grande problema em focar a atenção apenas a uma vacina que está em desenvolvimento e deixar de lado a evidência de que há outros agentes passíveis de prevenção por vacinas que podem infelizmente levar à morte”, explica a dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica do Hermes Pardini. O laboratório alerta sobre a queda de 20% da vacinação entre o público adulto e idoso nas unidades do grupo desde março, em comparação ao mesmo período de 2019.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os idosos representam hoje 14,3% da população e na próxima década eles devem superar o número de crianças e jovens de 0 a 14 anos. “Com o envelhecimento da população, é de extrema importância pensar em ações para garantir saúde e qualidade de vida. As vacinas são importantes ferramentas para isso”, acrescenta a dra. Melissa.

A especialista destaca vacinas disponíveis no serviço privado:

dTpa-Reforço: prevenção contra difteria, tétano e coqueluche (tipo acelular). O adulto deve minimamente estar em dia com os reforços de 10 em 10 anos e os idosos são inseridos nesse contexto.

Herpes-Zóster: proteção contra a reativação do vírus da varicela (causador da catapora na infância). A vacina diminui as chances de novos episódios de Herpes-Zóster, bem como previne a neuralgia pós-herpética que pode incapacitar a vida do acometido pela doença. Está licenciada em dose única a partir de 50 anos.

Vacina Pneumocócica 13 conjugada: recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações, em dose única, a todos os maiores de 50 anos. Possui nova tecnologia para gerar células de defesa de memória protegendo das infecções por Pneumococos, bactérias que causam doenças graves como meningites e pneumonias.

Vacina Pneumocócica 23 polissacarídica: recomendada seis meses após a Pneumocócica 13 para ampliar a produção de anticorpos contra os pneumococos.

Imunidade

Dra. Melissa adverte que, com a flexibilização do isolamento social, e a retomada do contato com os idosos, é imprescindível cuidar da saúde deles. “O idoso tende a ter a imunidade mais baixa e uma resposta de defesa mais deficiente para algumas doenças. Por isso não podemos nos descuidar do calendário de vacinação. Hoje em dia existe atendimento em domicílio, drive thru, além de processos rigorosos de segurança em postos, clínicas e laboratórios. Então a Covid-19 não pode mais ser fator para afastá-los da prevenção”, conclui a médica.

SUS

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as vacinas disponíveis para a população idosa no Sistema Único de Saúde (SUS) são:

  • Tétano e difteria (dupla adulto ou dT);
  • Hepatite B;
  • Febre amarela;
  • Influenza trivalente;
  • pneumocócica 23-valente (VPP 23) para idosos em instituições de longa permanência ou com condições específicas.

(Fontes: Laboratório Hermes Pardini / Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm)

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