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Desafios para o envelhecimento ativo e saudável

As experiências e desafios vividos por países latino-americanos para promover o envelhecimento saudável e ativo foi um dos destaques do Simpósio Internacional Envelhecimento Ativo – Promovendo saúde, prevenindo doenças. O evento foi realizado pelo Centro Internacional da Longevidade Brasil (ILC, sigla em inglês), que aconteceu no início de agosto na Unibes Cultural. No blog, tem outras matérias sobre este importante evento com destaque para Alexandre Kalache e a intervenção no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI). Veja o link.

José Ricardo Jauregui, médico geriatra argentino e presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria (IAGG, sigla em inglês), falou sobre as tendências para o envelhecimento e a longevidade. E também convidou para o Congresso Mundial de Gerontologia e Geriatria, que será realizado em 2021 na cidade de Buenos Aires, na Argentina. Saiba mais sobre a IAGG no site.

O médico geriatra apresentou a iniciativa Rumo à Década de Envelhecimento Saudável 2020-2030. A proposta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) com a participação da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Segundo ele, os idosos serão o eixo central da iniciativa que reunirá governos, sociedade civil, organizações internacionais, profissionais, instituições acadêmicas, mídia, e o setor privado.

A década dedicada ao envelhecimento saudável tem como objetivo melhorar a vida dos idosos, e assim de suas famílias e das comunidades em que vivem. José Ricardo citou em sua apresentação Theresa Tam, diretora de Saúde Pública do Canadá: “Estamos preocupados com a equidade em saúde, porque quem tem recursos tende a viver sete anos a mais do que os da faixa mais pobre da sociedade”. No site da Organização Mundial da Saúde (OMS) tem informações sobre o idadismo (ageism, em inglês) que é o preconceito baseado na idade. Acesse o site (em inglês).

Entre 2021 e 2025, a Associação Internacional vai propor contribuições para políticas multissetoriais e treinamentos. Outras propostas são o desenvolvimento de Academias de Gerontologia e Geriatria em todos os continentes, estimular o funcionamento das alianças globais com projetos comuns e a inserção de países do Oriente Médio. Outro ponto importante é acompanhar os esforços de ONGs e governos para ratificar a Convenção Interamericana sobre os Direitos Humanos das Pessoas Idosas, de 2015. O texto está disponível no site do Ministério Público de São Paulo. Acesse aqui.

O Brasil assinou a Convenção Interamericana, mas a ratificação ainda tramita no Congresso Nacional. O Projeto de Decreto Legislativo 863/2017 passou pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Cidoso), da Câmara, em novembro do ano passado, e foi encaminhado para o plenário. Siga o andamento pelo link.

Congresso

Sobre o Congresso Mundial, José Ricardo convidou a todos para participar e para quem ainda não conhece, visitar Buenos Aires. O evento vai debater compromissos para o envelhecimento ativo e saudável, a partir de temas como direitos humanos, proteção a populações vulneráveis, políticas públicas e econômicas, aposentadoria, pesquisas em biogerontologia e genética, diversidade, acesso à saúde e suporte social, ética e cuidados no fim da vida.  

Desafios e oportunidades

José Ricardo finalizou sua apresentação destacando desafios e oportunidades para o envelhecimento ativo e para cuidados em saúde, políticas de saúde, bem-estar e estilo de vida. Frente à institucionalização, a vida em comunidade. Os projetos não devem ser para idosos, mas para todos. Em vez da ação apenas de governos e entidades sem fins lucrativos, que haja mais parcerias e as iniciativas possam visar lucro e incentivar o empreendedorismo.  E que não sejamos impulsionados apenas por uma missão, mas também enxergando oportunidades de negócios. (Katia Brito)

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