O avanço do novo coronavírus (Covid-19) é uma realidade e o desafio é como administrar a ansiedade e a sensação de solidão e abandono sem sair de casa. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), especialistas e autoridades, é ficar em casa e sair somente em casos mais urgentes, principalmente os mais velhos. Veja mais sobre a pandemia no blog.
Mesmo que ainda não obrigatória, a quarentena e afastamento social tem aumentado no país e estima-se que nos próximos dias, cresça de forma relevante. Com o isolamento, existe a possibilidade das pessoas, inclusive com mais idade desenvolverem doenças psicológicas, como excesso de ansiedade e a depressão.
E qual seria a melhor alternativa para administrar a ansiedade e não “pirar” dentro de casa? De acordo com a psicanalista Eloah Mestieri, especialista em bem-estar do idoso, existem algumas dicas que, se praticadas com certa rotina em horários alternados, contribuirão para que o período de quarentena seja menos estressante. São elas:
Banho de sol
O idoso que está em casa acaba deixando de tomar um pouco de sol, o que pode ser prejudicial à imunidade. “O sol é a principal fonte de vitamina D para o nosso corpo. Ao tomarmos pelo menos 15 minutos de banho de sol, aumentaremos nossa imunidade, diminuímos o risco de depressão e melhorarmos a qualidade de nosso sono”, pontua Eloah.
Crie novas rotinas
Para controlar a ansiedade é fundamental criar um cronograma diário de atividades a serem cumpridas, mesmo que dentro de casa- como ter horário definido para acordar, tomar café da manhã, almoçar e trabalhar. Exercícios online gratuitos também podem ser feitos dentro de casa. “Isso nos ajudará a diminuir o estresse, diminuindo a endorfina e aumentando a qualidade de vida”, aconselha a especialista.
Não se desconecte
O telefone ao invés das redes sociais é uma opção para manter o contato com amigos e familiares. “Dê um telefonema para um amigo que não conversa há algum tempo ou que tenha gostos em comum, fale de outros assuntos que não seja o coronavírus. Falar pelo telefone traz uma sensação maior de conexão com o próximo, e isso conforta nos tempos que vivemos”, explica Eloah.
Aprenda a lidar com a solidão
É normal que a gente queira sair e ver pessoas, marcar aquele encontro de semana com os amigos, mas, em tempos como o de hoje, precisamos aprender a lidar com nossa própria companhia. “O mundo vai sair diferente dessa pandemia. É importante e necessário aprender a ficar sozinho. É uma habilidade que teremos que adquirir. Hoje há bastante material de meditação, por exemplo, que pode ser útil”, elucida a psicanalista.
Retome afazeres
Sabe aquela gaveta de documentos dos seu quarto que você não mexe há anos? Que tal organizá-la? “Deixar a nossa casa em ordem fará muito bem para o nosso cérebro, para nosso interior e para o astral como um todo. É importante manter o nosso ambiente ao redor o mais organizado e agradável possível. Agindo dessa forma, passar o período em quarentena será mais leve”, conclui
Mantenha a vaidade
Com a adoção do home-office por parte das empresas, a tendência é que o cuidado com a aparência diminua. Para Eloah, continuar sendo vaidoso ajudará a tornar o período de isolamento mais saudável. “A pessoa deve ficar em casa arrumada, de preferência, passar um batonzinho, bem-vestida, com o cabelo arrumado, para que ela se veja no espelho e enxergue uma figura bonita. Se ela se ver desleixada e mal arrumada, isso poderá ajudar a piorar o estado mental dela”.
Reinvente-se
Na impossibilidade de fazer as atividades rotineiras, como visitar parentes, dar um passeio pelo bairro, jogar futebol com os amigos, a psicanalista aponta para a capacidade humana de se reinventar. “Trace uma meta, que seja um desafio pessoal, algo que tenha vontade de aprender, como falar um novo idioma, tocar um o instrumento., pintar, etc. Procure sair dessa quarentena com um ganho real, e uma nova habilidade.”
Especialista
Eloah Mestieri é psicanalista clínica integrativa, especializada no bem-estar na terceira idade. Tem formação também em PNL (Programação Neurolinguística), Nova Medicina Germânica, Bioalinhamento, Constelação Sistêmica e Análise Transacional. (Fonte: Eloah Mestieri / Ortolani Comunicação e Marketing / Imagem principal AdobeStock)