Uma enquete realizada pela Fundação Procon-SP no período de 20 de agosto a 23 de setembro e respondida por consumidores 60+ que acessaram o seu site, por frequentadores dos Núcleos de Convivência do Idoso e beneficiários do Instituto de Previdência Municipal da cidade de São Paulo mostra que esse grupo de consumidores têm dificuldades, dentre outras, para resolver questões relacionadas a empréstimos consignados contratados sem solicitação e compra de produto ou serviço ofertado pelas redes sociais e/ou telefone.
O levantamento também apontou que esses consumidores encontram barreiras na hora de contatar uma empresa, já que algumas só trabalham por meio de aplicativos.
Empréstimo consignado
Do total de participantes da consulta do Procon-SP (608), 16,28% informaram já ter tido algum débito em sua conta corrente referente a empréstimo consignado não contratado. Questionados sobre a justificativa dada pelo banco, 43,43% responderam que não foi dada nenhuma justificativa; 35,35% disseram que a instituição financeira alegou que a contratação foi realizada pelo próprio beneficiário e apenas 15,15% obtiveram a resposta de se tratar de fraude.
Compras pela internet
A maioria dos participantes da enquete, 91,28%, afirmou que acessa a internet e aplicativos. Dentre os que não acessam, 69,81%, não o fazem por não achar seguro.
Grande parte dos entrevistados, 77,63%, informou que recebe oferta de produtos e/ou serviços em suas redes sociais e/ou telefone e deste total, 31,57%, relataram que normalmente efetuam a compra.
Dentre os que efetuaram a compra, 63,76% disseram que tiveram problemas como atraso ou não entrega do produto ou da prestação de serviço; empresa que veiculava a publicidade era fantasma; e não cumprimento da oferta ou do valor anunciado, entre outros.
Aplicativos
Mais da metade dos entrevistados pelo Procon-SP, 51,15%, informou que já ocorreu de não conseguir contatar a empresa, comprar algum produto e/ou contratar um serviço em função da mesma só trabalhar por meio de aplicativo – 48,87% desse universo de entrevistados apontaram que têm dificuldade em manusear os aplicativos por ser de difícil utilização ou pela falta de conhecimento de tecnologia.
Os idosos apontaram que os segmentos que mais enfrentam dificuldades no manuseio de aplicativos são estabelecimentos financeiros, concessionária de serviços essenciais e empresas que oferecem tratamento, produtos e/ou serviços de saúde.
Veja o relatório completo aqui.
Conclusão
Com base nas respostas obtidas, o levantamento conclui que as empresas precisam investir mais na segurança e em ferramentas tecnológicas mais amigáveis que facilitem o manuseio por qualquer tipo de público, principalmente pessoas idosas, para que a relação de consumo se estabeleça de forma transparente e segura. Com a rápida digitalização das atividades econômicas, os idosos são impactados pela tecnologia, apesar de nem sempre estarem familiarizados ou trabalharem bem com as ferramentas disponíveis.
(Fonte: Governo de SP/ Foto: Pablo Jacob/Governo de SP)