Nova Maturidade

“Éramos Seis” homenageia o envelhecer e a longevidade

Esta semana chegou ao fim a versão mais recente da novela “Éramos Seis”, exibida no horário das seis pela Globo. A trama de Angela Chaves é inspirada no livro do mesmo nome de Maria José Dupré, publicado nos anos 1940. Os capítulos finais trouxeram um olhar diferente sobre o envelhecer e a longevidade. A protagonista Lola, interpretada por Gloria Pires, de 56 anos, contracenou com Nicette Bruno, 87, e Irene Ravache, 75, que viveram a personagem em outras versões. Na foto principal, as três atrizes juntas.

Uma linda homenagem a atrizes tão talentosas e que se mantêm plenamente ativas. No ano passado, Nicette foi entrevistada pelo blog em um evento do Método Supera, quando era um dos destaques da novela “Órfãos da Terra” como a mãe judia Ester Blum. Irene até pouco tempo estava em cartaz no teatro com o espetáculo solo “Alma Despejada”. A peça, inclusive, conta a história de uma mulher de mais de 70 anos que depois de morta visita pela última vez a casa onde morava.

Outro ponto interessante é que o papel de Nicette, que viveu Lola na TV Tupi em 1977, na versão atual de “Éramos Seis” foi de Madre Joana, responsável por um pensionato (definição usada na trama, mas que se enquadraria melhor como uma instituição de longa permanência para idosos – ILPI).

A Lola de Glória Pires vai morar no “pensionato” após ser “convidada” a deixar a casa do filho no Rio de Janeiro, que vendeu a casa da família, e também perceber que não se adaptaria morando com a filha. Uma situação comum a tantas pessoas idosas.

E é no “pensionato” que Lola conhece a viúva Tereza, vivida por Irene Ravache, que interpretou a personagem o SBT em 1994.  No local outro reencontro emocionante de Irene com o ator Othon Bastos, de 86 anos, que foi Julio, marido de Lola, no SBT. Othon na versão atual viveu um padre, responsável por uma cerimônia importante para a trama.

O padre de Othon fez o casamento de um casal maduro. A Lola de Gloria Pires depois de viúva e muitas idas e voltas tão comuns às novelas, se casa com Afonso, também viúvo, vivido por Cássio Gabus Mendes, de 58 anos. E quem também redescobre o amor é a tia de Lola, Candoca, vivida pela atriz Camila Amado, de 81 anos, que fica noiva de Isidoro, personagem de Emiliano Queiroz, 84.

Personagens de Emiliano e Camila mostraram que é sempre tempo de amar (Reprodução/Twitter)

A ficção de “Éramos Seis” mostra que sempre é tempo para o amor, para a vida. Um momento para respirar na crise do novo coronavírus (Covid-19). E o mais importante como após começar estudar Gerontologia, muda o olhar sobre o cotidiano e o que é apresentado pela mídia, pelo poder público e a iniciativa privada. (Katia Brito / Fotos: Globo/Divulgação)  

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