Neste domingo, dia 26 de dezembro, às 19 horas, tem apresentação gratuita do espetáculo “AntiComics, Desconstruindo Super-heróis”, encenado pelo grupo Commune, no Teatro Commune. O espetáculo também será transmitido online e terá sessões especiais nos dias 27, 28 e 29 de dezembro, às 19 horas, no canal do YouTube @ColetivoCommune.
O espetáculo é uma paródia dos super-heróis Superman, Batman e Mulher Maravilha, que mostra os super-heróis velhos e em crise, questionando seus superpoderes em situações de vulnerabilidade. A comédia é composta pelos textos “O Evangelho segundo o Super-homem”, “A Vida Sexual dos Morcegos” e “A Festa do Pijama”, da premiada escritora argentina Sonia Daniel.
A comédia nasceu de uma coprodução, viabilizada pelo Instituto IBERESCENA (Espanha), do Commune, de São Paulo, com o Centro Cultural Maria Castanã, de Córdoba, Argentina. A peça busca, por meio do humor irônico, pôr em xeque mitos e levar o público a refletir sobre teorias filosóficas relacionadas aos super-heróis.
Brasil-Argentina
Os diretores artísticos do projeto “AntiComics – Desconstruindo os Super-Heróis” são os mesmos dos grupos coprodutores: Augusto Marin, do Teatro Commune, como diretor, e Sérgio Osses, professor do Centro Maria Castagna, como codiretor. Um ponto em comum entre os grupos é que ambos se dedicam à pedagogia teatral e à formação de jovens atores.
AntiComics e os textos
A peça tem uma abertura cinematográfica, com a exibição de imagens dos super-heróis conhecidos e apresentação dos artistas que fazem cada papel.
O primeiro quadro, “A Vida Sexual dos Morcegos” mostra um reencontro de Batman e Robin já idosos e sem glamour que evidencia a atração sexual entre os dois. “A Festa do Pijama“, segundo quadro, é um monólogo no qual Princesa Diana, alter ego da Mulher Maravilha, após ser presa, fala de sua vida sentimental fracassada.
O Evangelho Segundo o Super-homem, terceiro quadro, parodia a história do Super-homem que, neste caso, não quer ser super-herói e tem dois pais judeus e gays. A história nasce de uma teoria de que o Super-homem seria um personagem messiânico que tem muitos pontos em comum com Jesus Cristo. O espetáculo termina com uma música sobre os super-heróis e sua finitude.
“A experiência de trabalhar com personagens icônicos com humor irônico e com cores hilariantes coloca em consideração as construções que o imaginário coletivo tem desses personagens. A possibilidade desses textos de pôr em xeque seus superpoderes e colocá-los em situações de vulnerabilidade nos leva a pensar sobre teorias filosóficas relacionadas com ‘O mito do super-herói'”, declara Augusto Marin, ator e diretor do Teatro Commune.
(Fonte: Teatro Commune e Siegel Press / Imagem: Daniela Coen-Divulgação)