Lançamento Aging2.0 Rio de Janeiro
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Evento sobre tecnologia e cuidado marca lançamento do Aging2.0 Rio de Janeiro

O Aging2.0 vem expandindo sua atuação no Brasil e no dia 11 de agosto ganhou um capítulo (chapter) no Rio de Janeiro. A embaixadora é Henriette Krutman, mentora de negócios e sistemas de inovação e consultora nas áreas de saúde, qualidade de vida e longevidade. O evento Tecnologia e Cuidado para os 60+ na nova normalidade, mediado pelo jornalista Mauro Ventura, marcou o lançamento do novo chapter.

Sérgio Duque Estrada, que respondia apenas por São Paulo, recentemente nomeado embaixador do Aging2.0 para o Brasil e para a América Latina, abriu o lançamento. Ele destacou a missão da organização mundial, presente em 31 países: apoiar negócios inovadores com soluções tecnológicas para os desafios do envelhecimento.

No Brasil, além do Rio de Janeiro e São Paulo, o Aging2.0 está presente nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF) e Curitiba (PR). E da união com a  Ativen, aceleradora de startups e empresas na jornada de inovação e tecnologia, surgiu o Núcleo 60+. “O Núcleo foi constituído com a SeniorLab e Raízes para ser um hub de consultoria para empresas interessadas em entender e encantar o mercado 60+”.

Lançamento Aging2.0 Rio de Janeiro Palestras tecnologia e cuidado

Aging2.0 Rio

Desafios Aging2.0
Henriette destacou os desafios que norteiam o trabalho do Aging

O Chapter Rio, segundo Henriette, definiu como prioridades estimular negócios, soluções tecnológicas e o empreendedorismo inovador em sintonia com as crescentes oportunidades e necessidades do mercado sênior. E também promover eventos e apoiar iniciativas da área pública, privada e terceiro setor.  

“Nosso objetivo é apoiar, facilitar a conexão entre os diversos segmentos do ecossistema: hubs de inovação, empreendedores, investidores, investidores-anjo, capital ventures, empresários e o publico sênior de forma geral. Todos que estão envolvidos com o tema da longevidade, do envelhecimento ativo estarão priorizados no nosso trabalho”, afirmou Henriette.

A equipe do Aging2.0 Rio conta ainda com a diretora Monica Lucia Torres Vieira, com experiência no planejamento e gestão de projetos e iniciativas com foco no desenho de soluções específicas. Outra diretora é Carminha David, consultora e mentora nas áreas de marketing, desenvolvimento de negócios e apoio ao ecossistema de empreendedorismo.

O momento, de acordo com a embaixadora do Rio, é de oportunidade diante do crescimento da população sênior. De acordo com ela, o Rio de Janeiro é o Estado com mais idosos no Brasil, representando 18,7% do total da população, enquanto a média nacional é de 16,2%. Outro ponto é o número ainda baixo de startups no Rio de Janeiro. São aproximadamente 850, enquanto em São Paulo esse número é de quase quatro mil empresas.

“É o segmento populacional que está crescendo em uma espiral muito acentuada Isso gera demandas especificas. Mas também abre um leque de oportunidades para o empreendedorismo inovador. Um momento particularmente favorável para que a gente desenvolva esse trabalho”, salientou no lançamento. Contatos pelo e-mail: rio@aging2.com.

Tecnologia e cuidado

Entre os palestrantes sobre Tecnologia e Cuidado para os 60+ na nova normalidade, Egídio Dórea, diretor do Aging2.0 São Paulo e coordenador da USP60+, que recentemente lançou o livro Idadismo – Um mal universal pouco percebido. O palestrante falou sobre a vulnerabilidade dos idosos frente à Covid-19, uma vez que quase 70% dos mortos tinham mais de 60 anos, algo que tem se repetido em diversos países.

Egídio ressaltou a desigualdade e o idadismo evidenciados pela pandemia com a ausência de políticas públicas, a exclusão de protocolos de tratamento e a idade cronológica como determinante de tratamento. Além da falta de prioridade às instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). Outro problema apontado foi a falta de respeito às particularidades dos idosos.

A tecnologia, segundo ele, pode ser e já é uma grande ferramenta para os cuidados de longa duração. Oportunidade para projetos disruptivos com foco no teletrabalho, visitas médicas, compras domésticas, contato social, lazer, saúde, transporte público e privacidade.

Telemedicina

Outra palestrante foi Yolanda Boechat, coordenadora do Serviço de Geriatria da Universidade Federal Fluminense (UFF), presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) – regional Rio de Janeiro, e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Rio de Janeiro (SBGG-RJ).

Ela falou sobre Telemedicina e apoio ao grupo 60+, tendo como base a gerontecnologia, tecnologia facilitadora que preserva autonomia e independência, proporciona igualdade entre os grupos etários, é inclusiva com foco na aprendizagem ao longo da vida, proteção e segurança. Como exemplo as teleconsultas que permitem que médicos acompanhem pacientes de localidades distantes.

Yolanda e sua equipe da UFF têm vencido o distanciamento social com os idosos por meio do telemonitoramento com o envio de e-mail e uso de telefone celular e videochamadas e a criação de grupos no WhatsApp e utilização da plataforma Google Meet para encontros virtuais.

Startups

O último palestrante foi Leônidas Porto, CEO e co-fundador da Gero360,  startup focada em soluções para a rotina de cuidados para o idoso. A empresa criou um aplicativo para cuidadores familiares, disponível gratuitamente para sistemas Android e IOS e uma ferramenta específica para gestão de instituições de longa permanência.

A Gero360 foi uma das finalistas da primeira Chamada de Negócios da Longevidade, promovida pela Aging2.0 em 2018. Neste ano atípico, a empresa está presente em sete Estados brasileiros e aumento em seis vezes o faturamento. O trabalho começou em 2016 e desde então participaram de etapas de conhecimento do segmento até começar a propor produtos inovadores e implementar como a solução desenvolvida para ILPIs, com foco na gestão e coordenação do cuidado ênfase na interação familiar.

As outras duas finalistas da Chamada de 2018 também estão alçando voos maiores. A EuVô (mobilidade) e a ISGAME (Cérebro Ativo) estão entre as dez finalistas da Global Innovation Search, evento mundial da Aging2.0. Entre as semifinalistas havia mais três empresas nacionais: Cerebrar, SeniorGeek e Vovs.

“Isso já é uma prova que o nosso ambiente no Brasil está tendo reconhecimento internacional, mas ainda é um ambiente incipiente. Já vemos as empresas acordando para a necessidade de inovação. Estamos sempre abertos para submeter ideias, colaborar, poder fazer pontes com empresas nacionais e de fora. Temos muito possibilidades”, finaliza Sérgio Duque Estrada. (Katia Brito)  

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