Nova Maturidade

Fórum debate a formação e a prática em Gerontologia

Um dos destaques do último dia do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG), promovido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em São Paulo, entre 23 e 25 de março, foi o Fórum “Prática da Gerontologia em Diversos Cenários Educacionais”, com apresentações sobre a formação na área e seu importante papel para o envelhecimento digno e saudável. A moderação coube a Maria Angélica Sanchez, presidente da Comissão de Formação em Gerontologia da SBGG,

Entre os palestrantes Jorge Nei Neves, vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná (CEDI-PR), que abordou o tema na educação básica, destacando a iniciativas com foco na intergeracionalidade e em uma cultura de respeito para uma convivência harmônica.

Jorge Nei Neves, esta jornalista e a
profa. Eva Bettine, presidente da ABG

Em sua apresentação, Neves destacou que o  Plano Estadual da Educação paranaense, decênio 2015-2025, prevê a formação continuada de professores para instrumentalização do desenvolvimento de práticas pedagógicas que abordem a temática do envelhecimento.    

A profa. Eva Bettine, presidente da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), destacou a graduação em Gerontologia, com o início da primeira turma em 2005 na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Entre as competência fundamentais do bacharel, estão a compreensão do envelhecimento humano, os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do envelhecimento, a pesquisa e o pensamento crítico.

O gerontólogo pode ainda capacitar equipes pedagógicas de instituições de ensino de todos os níveis para inclusão obrigatória de conteúdos voltados para o processo de envelhecimento e valorização da pessoa idosa, como previsto na Política Nacional do Idoso (PNI), de 1994, e no artigo 22 do Estatuto da Pessoa Idosa, que completa 30 anos em outubro. O profissional também tem habilidade para ministrar conteúdos na formação de recursos humanos para lidar com a velhice.

Ao final da apresentação, a presidente da ABG destacou a necessidade da capilarização dos cursos de bacharelado em gerontologia em todas as regiões do país, o estreitamento entre as sociedades científicas e profissionais, e o entendimento do poder público sobre a urgência de investir na educação para o envelhecimento.

Pós-graduação em Gerontologia

No Fórum, a pós-graduação Lato Sensu, que compreendem programas de especialização, foram destacadas por Silvia Maria Azevedo dos Santos, de Santa Catarina. Ela destacou a necessidade de um ensino híbrido, e não apenas a distância como é oferecido por algumas instituições, e que muitos optam pela especialização com foco no currículo e não para atuar na área.

Na modalidade stricto sensu, que abrange os programas de mestrado e doutorado, a apresentação foi da profa. dra. Meire Cachioni, uma das coordenadoras da Pós-Graduação na EACH-USP. Ela destacou os avanços, o reconhecimento como Área Interdisciplinar pela Capes, o que contribuiu para o surgimento dos cursos de graduação.

A professora ainda ressaltou a criação da Rede de Programas Interdisciplinares em Envelhecimento (REPRINTE), e também as metas que incluem a aprovação do Doutorado na EACH-USP, e a internacionalização uma vez que o Brasil está entre os dez países com maior produção científica em Gerontologia.

Proposta ao MEC

Ao lado de Maria Angélica, Otávio de Tolêdo Nóbrega, do Distrito Federal, também integrante da Comissão da SBGG, conduziu os trabalhos para a elaboração da proposta a ser encaminhada ao Ministério da Educação para o estabelecimento e implementação de diretrizes curriculares nacionais voltadas para o envelhecimento e para a promoção da longevidade nas matrizes curriculares dos cursos de graduação, com a devida inserção destas diretrizes no instrumento de Avaliação de cursos de Ensino Superior.

Entre as justificativas, o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira, e com isso a necessidade de adequação dos currículos de graduação de diversas áreas do conhecimento para o enfrentamento da questão. Entre os signatários da proposta, a ABG, a REPRINTE, o CEDI-PR e o Ministério Público do Ceará (MPCE).

Acesse o texto completo neste link .

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