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Inumeráveis homenageia vítimas da Covid-19

O Brasil registra mais de sete mil mortes confirmadas de Covid-19, segundo dados do dia 3 de maio. Mais que um número alarmante há nos dados vidas perdidas, histórias que terminam de forma precoce e impactam de forma definitiva amigos e familiares. Para não deixar nenhuma história virar número surgiu o site colaborativo Inumeráveis.

A iniciativa é uma obra do artistas Edson Pavoni em colaboração com Rogério Oliveira, Rogério Zé, Alana Rizzo, Guilherme Bullejos, Gabriela Veiga, Giovana Madalosso, Rayane Urani e Jonathan Querubina. Também participam jornalistas, estudantes de jornalismo, profissionais voluntários, familiares e amigos de vítimas da doença que adicionam histórias ao memorial. Como afirma o site: “Não há quem goste de ser número, gente merece existir em prosa”.

Inumeráveis Covid-19 memorial homenagem

Aceite o convite e faça parte do Inumeráveis. Se você era próximo de alguém que faleceu do coronavírus, acesse o site e faça a sua homenagem, contando o que falavam sobre esta pessoa, o que a fazia ser especial, algum fato interessante sobre ela, uma frase. Também é possível colaborar como voluntário, ajudando a encontrar histórias, fazer entrevistas ou editar textos. O contato pode ser feito pelo e-mail: inumeráveis@gmail.com.

As histórias no site até o momento são na maioria de pessoas com 60 anos ou mais, principais vítimas da doença. Um deles é Luiz Schifini, que faleceu em Florianópolis aos 101 anos. O gaúcho, segundo o relato, era saudável e lúcido, e viveu intensamente. Seu bom-humor e amor pela vida deixaram saudades.

Embora seja um grupo de risco, os idosos não as únicas vítimas da Covid-19. O número de jovens e adultos que faleceram com a doença vem crescendo. No Estado de São Paulo, de acordo com balanço do dia 3 de maio, o aumento foi de 14% para 26% em um mês.

E entre as vítimas mais jovens homenageada no Inumeráveis está Vanessa Pupys, de 27 anos, que morava em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Uma amiga conta que ela foi a pessoa mais iluminada que conheceu. “Talvez ela tenha sido anjo da guarda muito antes de partir”, afirmou a amiga.

As vítimas merecem ser lembradas, ter sua história contada. Uma partida que por vezes denuncia a falta de preparo dos serviços de saúde diante da pandemia. Para os amigos e familiares, ficam as lembranças, a saudade e a necessidade de se cuidar. Na medida do possível, fique em casa para juntos contermos o avanço da pandemia no país. (Fontes: Inumeráveis e Governo do Estado / Imagem de congerdesign por Pixabay)

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