Manter a saúde mental foi e ainda é um grande desafio com o distanciamento social e outras dificuldades causadas pela pandemia de covid-19. O ano começa com a campanha Janeiro Branco, iniciada em 2014, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do tema. O mês foi escolhido por marcar a cultura do recomeço e da renovação.
Para o psicólogo Alexandre Bez, “todo início de ano, precisamos ter ingredientes como positividade, esperança e principalmente motivação.” Bez, tem mais de 23 anos de profissão e é especialista em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM) e em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA).
O especialista acredita que as pessoas ainda não dão a atenção devida à saúde mental no Brasil, que deveria ser cuidada da mesma foram que a saúde física. “Com a pandemia toda a configuração do nosso psiquismo foi alterada. Não, apenas no que tange ao aumento dos problemas já conhecidos, como também na manifestação de transtornos novos para quem não os tinham, e também potencializando um desespero maior em relação à criação de novas terminologias psicológicas e psiquiatras”, avalia.
Campanha
A campanha Janeiro Branco, para o psicólogo, é fundamental para a vida saudável das pessoas, uma vez que a saúde começa na mente. “Quando falamos em saúde mental, nós estamos dizendo em relação à toda a configuração do aparato mental, incluindo os aparelhos intelectuais, sexuais, comportamentais. A grande massa das neuroses são tratadas, e curadas. Aquelas que não têm cura, como transtornos de ansiedade têm controle e ótimas benesses”, ressalta.
Leonardo Abrahão, psicólogo idealizador da campanha Janeiro Branco, que está em sua oitava edição, “a humanidade precisa de um pacto pela saúde mental em que todas as pessoas se comprometam com a ideia de que ‘todo cuidado conta!’ quando o objetivo é a criação de condições para vidas mais saudáveis e melhores para todo mundo”. O tema deste ano é #todocuidadoconta.
Pessoas idosas
Em relação aos idosos, Bez afirma que as manifestações são principalmente associadas à questão da depressão, que se desenvolve com mais frequência em idades acima ou igual aos 55 anos. O isolamento social pode agravar o problema. “O isolamento social é crucial para a depressão, que pela primeira vez está associada à fatalidade, estando posicionada no hall das patologias psicológicas que matam”, alerta.
E para começar o ano bem, o especialista recomenda manter três ingredientes básicos: Positividade + Motivação + Esperança, agindo, porém, com prudência e responsabilidade.
(Katia Brito / Fonte: Campanha Janeiro Branco / Imagem principal de athree23 por Pixabay )