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Maior Cuidado atende idosos e familiares em BH

A iniciativa contempla territórios em vulnerabilidade social do município

O cuidado com a pessoa idosa é política pública em Belo Horizonte (MG). Desde 2012, a prefeitura da capital mineira mantém o programa Maior Cuidado, com cuidadores responsáveis pelo atendimento domiciliar a pessoas idosas dependentes e semidependentes. As visitas foram mantidas mesmo com a pandemia de covid-19, com o atendimento remoto, e presencial apenas para casos que demandam cuidados mais urgentes.

O Maior Cuidado, promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, que vem ampliando o número de atendidos. De acordo com a pasta, em 2016, eram 550 idosos atendidos, e em 2019, 788 idosos. A iniciativa contempla territórios em vulnerabilidade social do município, onde estão instalados os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Promoção do envelhecimento digno, qualificação do cuidado domiciliar e o fortalecimento do caráter protetivo da família são conquistas apontadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. O Maior Cuidado busca a prevenção de agravos de vulnerabilidades sociais associadas ao fenômeno do envelhecimento por meio de suporte às dinâmicas familiares no ambiente domiciliar.

https://www.youtube.com/watch?v=O3ZN3suZcic

A iniciativa apoia famílias no cuidado às pessoas idosas, identificadas a partir do acompanhamento realizado pelas equipes de referências do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), e pelas Equipes de Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), nos Centros de Saúde.

“A integração entre as Políticas de Assistência Social e Saúde na Prefeitura de Belo Horizonte tem se tornado uma importante estratégia de prevenção de agravos que possam desencadear o rompimento de vínculos familiares e sociais, aumentando a qualidade de vida das pessoas idosas para as atividades de vida diária, trazendo benefícios para as pessoas idosas e suas famílias”, destaca a Secretaria Municipal de Assistência Social.  

Inclusão no programa

Para participar do programa, é preciso ter 60 anos ou mais, residir nas áreas de abrangência dos 34 CRAS do município e ser avaliado como dependentes ou semidependentes pela equipe de saúde dos Centros de Saúde. Além disso, as famílias devem ser atendidas ou acompanhadas pelo PAIF.

A avaliação técnica para inserção no programa Maior Cuidado considera, além da condição física e biológica, fatores de vulnerabilidades sociais em decorrência da fragilização dos vínculos familiares ou sociais. Outra questão é a prevenção de situações de risco de exclusão ou isolamento, diante da ausência de acesso a possibilidades de inserção comunitária.

Cuidadores

Profissionais formados no curso de cuidadores de idosos, que participam de processo periódico de capacitação, fazem o atendimento domiciliar. Eles atendem aos idosos em dias e horários definidos por equipe multidisciplinar, de acordo com o grau de dependência de cada pessoa. A prevenção da exclusão e do isolamento norteia o trabalho.

A periodicidade de atendimentos é determinada pela necessidade de cuidados de cada idoso, podendo somar, no máximo, 20 horas semanais. Um ponto central do programa é a realização de atividades que favoreçam a sociabilidade do idoso com outros membros da família e da comunidade. O apoio à família, de acordo com a secretaria, se dá pelo desenvolvimento de atividades previstas nas rotinas de cuidado, conforme orientação das equipes de Saúde e da Assistência Social.

Os familiares recebem auxílio e estímulo nas atividades básicas da vida cotidiana do idoso como higiene, locomoção, alimentação, atenção com a medicação, e o desenvolvimento de atividades que estimulem o resgate da história de vida e outras com as quais o idoso identifica, como cuidar de plantas, ouvir histórias, ler um livro.

(Imagem principal: Prefeitura de Belo Horizonte/Divulgação)

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