O processo de perda de audição fica mais acelerado com o envelhecimento. É o que os especialistas chamam de presbiacusia. No entanto, o distúrbio vem atingindo cada vez mais a população jovem e adulta. Com a exposição prolongada a sons muito altos, principalmente por causa do hábito de ouvir música em fones de ouvido, os brasileiros estão desenvolvendo perda auditiva mais cedo. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABO), hoje, mais de 20 milhões de brasileiros têm alguma dificuldade para ouvir.
“Alguns indivíduos perdem a audição mais cedo que outros, mas é a partir dos 50 anos, na maior parte das vezes, que as pessoas começam a observar as primeiras dificuldades para ouvir. Depois de 60 anos, o quadro é mais grave. Por isso, é importante buscar ajuda aos primeiros sinais de incômodo”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.
Estudos da ABO comprovaram que quem precisa e não usa aparelho auditivo tem, frequentemente, grande dificuldade de participar de atividades sociais, principalmente no ambiente familiar. Isso pode provocar efeitos psicológicos negativos, como isolamento, insegurança, tristeza, irritação, medo e até depressão. Além disso, pessoas com perda auditiva não tratada apresentam, em geral, mais problemas físicos do que as que usam aparelho, como cansaço, fraqueza, dor de cabeça, vertigem, tensão muscular, estresse, falta de apetite e insônia.
“Fica aqui o nosso alerta para a importância de se buscar o quanto antes a orientação de um médico otorrinolaringologista. Ele vai verificar o tipo e o grau de perda auditiva e indicar o melhor tratamento. Na maioria dos casos, o uso de aparelho auditivo melhora a condição auditiva do indivíduo”, ressalta a fonoaudióloga.
Como a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando a cada ano e o processo de perda auditiva está mais acelerado, atingindo até mesmo adultos com vida profissional intensa, por causa da overdose de barulho na sociedade atual, é importante ficar atento e se cuidar o quanto antes para manter a comunicação com familiares, amigos e colegas de trabalho.
“Antigamente, o transtorno era grande. Quem tinha problemas de audição usava aparelhos enormes, que causavam constrangimento. Por isso, muitos resistiam e preferiam ficar sem ouvir. Mas atualmente, com a evolução tecnológica, temos aparelhos auditivos com tanta tecnologia quanto os celulares e que trazem enormes benefícios. Muitas vezes, as pessoas em volta nem notam o aparelho, de tão discreto que ele é. Ninguém mais precisa sofrer com isolamento, solidão e desânimo porque não ouve bem. Os aparelhos resgatam os sons e permitem que se viva com alegria e disposição”, reforça a especialista. (Fonte: Telex Soluções Auditivas / Ex-Libris Comunicação Integrada / Imagem de Couleur por Pixabay)