Para investigar os múltiplos impactos sociais da extensão de vida do brasileiro, o FDC Longevidade – projeto desenvolvido pela Fundação Dom Cabral (FDC) com apoio técnico da Hype50+ e patrocínio da Unimed-BH – conduziu o TrendBook Sociedade. Um dos recortes do estudo aponta os novos formatos de moradia para os 60+.
A diversidade de renda, capacidade e os desejos e estilo de vida dos 60+ fizeram surgir novos tipos de moradia no Brasil. De acordo com o FDC Longevidade, a instituição de longa permanência para idosos (ILPI) é um desses formatos. Na prática, os antigos asilos mudaram de nome e de estrutura; hoje, há casas, prédios e até sítios com serviços que vão de aulas de dança, games, arteterapia a salão de beleza. Com valores que vão de R$ 3.500 a mais de R$ 15 mil mensais, são moradias inacessíveis para a maioria da população brasileira que depende de instituições públicas.
Outro modelo são os Centros Dia. Alinhados ao conceito de Aging in Place, são espaços com atividades e cuidados diurnos. Um formato que se beneficia do suporte e da segurança para a realização das atividades do cotidiano sem perder o vínculo familiar. Atendendo até 30 idosos em cada unidade, mantido pelo poder público ou pela iniciativa privada, ainda são pouco conhecidos pela população.
A novidade mostrada pelo mapeamento é o coliving ou cohousing. Com o nome popular de república ou comunidade, há diferentes modalidades dessa moradia compartilhada. Uma opção viável e desejada pelos 60+, que compartilham da ideia de morar com amigos na velhice. Inspiração para roteiros de filmes ao redor do mundo, essa modalidade é a resposta para uma vida mais econômica e social. Acesse o mapeamento na íntegra no TrendBook Sociedade.
Desafios e oportunidades
O expressivo aumento da expectativa de vida, considerada uma conquista da humanidade, gera impactos profundos na sociedade que podem, inclusive, serem analisados a partir de inúmeras perspectivas. Segundo Layla Vallias (foto), cofundadora da Hype50+, consultoria de marketing especializada no consumidor sênior, a prática de inovação, empreendedorismo e pesquisa de tendências traz o desafio de disseminar entre os gestores de grandes marcas, indústrias e governos dados que comprovam o quanto o envelhecimento da população apresenta oportunidades reais.
“A revolução que estamos vivendo nos obriga a revisitar conceitos, quebrar padrões e discutir tabus. Para os mais estratégicos, é nesse oceano azul da longevidade que residem as grandes oportunidades para o futuro”, afirma Layla, que é especialista em Economia Prateada e coordenou o estudo Tsunami Prateado, mapeamento brasileiro sobre longevidade.
FDC Longevidade
Realizado pela Fundação Dom Cabral, o FDC Longevidade é uma plataforma de geração e disseminação de conhecimento relevante, promovendo uma visão estratégica no campo da educação corporativa. A iniciativa envolve conteúdos inovadores, cases inspiradores e eventos mobilizadores de um ecossistema capaz de impulsionar a gestão da longevidade no Brasil.
O primeiro projeto conta com apoio técnico da Hype50+ e patrocínio da Unimed-BH e é composto de três eixos – Pessoas, Sociedade e Negócios – que contam com TrendBooks específicos. O mapeamento do cenário atual e das tendências foi produzido por colaboradores e professores da FDC, equipe da Hype50+ e especialistas nacionais e internacionais em Economia Prateada.
(Fonte: Hype50+ / Frida Luna Boutique de Comunicação / Imagem principal: Flor foto criado por pvproductions – br.freepik.com)