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Maturidade é diferencial para empreendedora 50+

empreendedorismo feminino

De acordo com o Sebrae, três a cada dez pequenos negócios no Brasil são liderados por mulheres

Entre as muitas facetas das mulheres, seja qual for a idade, está o perfil de empreendedora. O que sempre esteve presente na vida de Patrícia Del Gaizo Maia, de 53 anos, que recentemente abandonou a estabilidade do funcionalismo público e investiu em seu próprio negócio. A OPT.DOC, inaugurada na cidade de São Paulo em agosto de 2020, é um coworking na área de saúde, que oferece equipamentos para médicos otorrinos e dentistas.

Patrícia Del Gaizo Maia, sócia fundadora da OPT.DOC - empreendedorismo

Para a empreendedora (foto: Divulgação), a maturidade é um bônus neste processo. “Não reconheço nenhuma perda em função da idade, ao contrário, foram muitos anos de trabalho, estudo e experiência adquirida, que me levaram a acumular o conhecimento e aplicá-lo para desenvolver o modelo de negócio”, destaca.

Arquiteta formada pelo Mackenzie, com pós-graduação em Marketing (ESPM) e Contabilidade (FEA-USP), Patricia contou com o apoio de amigos e familiares e o conhecimento acumulado para criar o negócio. “Especificamente para a OPT.DOC, que é multidisciplinar, acumulei o conhecimento da arquitetura para o desenvolvimento de espaços bonitos e funcionais, com ações de marketing para divulgar a nova ideia e a realização de contabilidade gerencial para avaliar a viabilidade econômica do negócio”, detalha.

De acordo com a arquiteta, um volume de conhecimentos que vai além da faculdade e de cursos de especialização: “Foi resultado de um amadurecimento durante anos, com a vivência de trabalho. Ou seja, vivência de trabalho e desenvolvimento de outros negócios que já tinha realizado em minha vida”.

O conselho de Patrícia para mulheres maduras que desejam empreender é: “Não é fácil, mas tem que se expor. Não tenha medo de errar, os erros vão te ensinar mais que os acertos”.

Trajetória

O empreendedorismo sempre esteve na vida de Patrícia. Aos 16 anos, conseguiu um emprego temporário em um shopping de São Paulo e, vendo os colegas sem terem tempo para o almoço, passou a vender sanduíches e salgados. Mais tarde, aos 19 anos, já na faculdade de arquitetura e trabalhando em uma empresa de Água Mineral, vendia copos de água para os fornecedores dos ambulantes de faróis. 

Em 1998, a arquiteta ingressou no setor público, mas continuou empreendendo. No ano seguinte, abriu o negócio de compra e venda de imóveis com reforma, que conduzia paralelamente. Depois de 20 anos, decidiu deixar as garantias do funcionalismo público de lado para se dedicar plenamente ao empreendedorismo.

A perspectiva é positiva para o futuro do empreendimento, que está em uma nova fase de investimento e ampliação. “A tendência de compartilhamento de escritórios e consultórios é uma opção mais inteligente e adequada ao perfil atual do mundo do trabalho e da economia. Os profissionais não têm custo fixo, só pagam quando usam, têm acesso aos equipamentos de ponta, não se preocupam com a burocracia de ter um consultório, contam com uma equipe treinada e ainda fazem networking”, conta Patrícia.

Empreendedorismo feminino

A pesquisa Empreendedorismo Feminino 2021, realizada pelo Sebrae, revela que três a cada dez pequenos negócios no Brasil são liderados por mulheres. Entre os microempreendedores individuais (MEI), elas representam 48%. Em 2019, foi criado o Sebrae Delas, um programa de aceleração com o objetivo de aumentar a probabilidade de sucesso de ideias e negócios lideradas por mulheres.

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