O MaturiFest, realizado em julho pela Maturi, proporcionou vários momentos de reflexão e inspiração, como na abertura do segundo dia com o escritor, filósofo e conferencista Mario Sergio Cortella. Para Cortella, o passado é referência e não a direção. São necessárias raízes que nos alimentem e não âncoras que nos imobilizem. A contemporaneidade, segundo ele, é compartilhada, mas não idêntica para todos. Nascemos e vamos nos fazendo, não absolutamente novo e nem o mesmo, nos reiventando e mantendo a esperança ativa.
Os painéis da programação também trouxeram temas importantes, como a importância do aprendizado ao longo da vida, da intergeracionalidade, de sonhar com os pés no chão e a força da experiência como motor de inovação, embora apenas ser experiente não garanta o futuro. Um evento marcante para celebrar os seis anos da Maturi, referência em trabalho e empreendedorismo 50+.
Inspiração também com Costanza Pascolato, papisa da moda, de 81 anos, que abriu o terceiro dia do MaturiFest. A empresária e palestrante Andrea Bisker conduziu a conversa e trouxe frases da convidada como “Nada que envelheça mais do que a perseguição à juventude”. Para Costanza, a gente tem várias idades, então por que não ser coerente e fazer o melhor possível com a idade que se tem? É harmonioso e mais fácil, sem mentiras. Segundo ela, nada melhor do que aceitar tudo que se é e fazer o melhor.
Amizade, afeto e sabedoria
O encerramento foi ainda mais inspirador e repleto de afeto e a sabedoria do ator Tony Ramos, de 73 anos, 58 deles dedicados à profissão, e da escritora e antropóloga, Mirian Goldenberg, uma 90+ de coração. Na imagem principal, Mórris Litvak, CEO da Maturi, com Tony e Mirian. Nos últimos anos, ela tem pesquisado os nonagenários e aprendido com eles, sobre amizade e gratidão. Mirian está lançando um novo livro “A invenção de uma bela velhice”.
Quem envelhece bem, segundo a escritora, alimenta a alma, o espírito e o corpo de coisas boas e belas que façam bem para os outros e para si mesmo. Sobre a possível inclusão de velhice como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou: “doença é como os velhos são tratados, envelhecer é uma dádiva, a grande revolução desse século”.
Tony contou que está preparando novos trabalhos e ressaltou a importância da esperança e do bom humor. A vida sem humor, para ele, é um porre ruim de má bebida, e humor não quer dizer desleixo ou desrespeito, vem da alma, é pleno. O trabalho para ele é o um alimento para a mente, é o que o move. Sua felicidade é saúde e continuar trabalhando. Tony recomenda sempre que quem tem um projeto continue e quem ainda não tem é hora de começar.
Para Tony, “a soberba é o cemitério do pensamento”. É preciso olhar os mais jovens não com piedade, mas com afeto, e olhar para a velhice de forma harmônica, com amor e afeto em cada gesto. Assim terminou a edição 2021 do MaturiFest, com inspiração e importantes reflexões para os milhares de inscritos que acompanharam os quatro dias do segundo ano 100% online. Leia mais no blog Nova Maturidade.