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Método Kominsky: o envelhecer com bom humor

Menos retratado na ficção do que as velhices femininas, o envelhecimento masculino está na série O Método Kominsky. Protagonizada por Michael Douglas (quem não lembra de Um Dia de Fúria, de 1993?, entre outros tantos filmes) e Alan Arkin, que conheci em trabalhos mais recentes como o excelente filme Despedida em Grande Estilo, de 2017, em que contracena com Morgan Freeman e Michael Caine. As três temporadas da série estão na Netflix.

Michal Douglas é Sandy Kominsky, professor de teatro, que junto ao amigo Norman Newlander, vivido por Alan Arkin, ao mesmo tempo rabugento e divertido, enfrenta “as alegrias e tristezas da velhice com muito bom humor”, como bem define a descrição da série. Enquanto Sandy foi casado e no início da série se envolve com jovens alunas, Norman passou a vida ao lado do seu grande amor Eileen, de Susan Sullivan.

Os dois amigos envelhecem de formas diferentes, como não deveria deixar de ser, mas cada um a seu modo se abre para novas oportunidades e descobertas. Como uma namorada um pouco mais velha para Sandy, e a volta de um amor do passado para Norman. E ainda o desafio para o personagem de Michael Douglas para aceitar o namoro da filha MIndy, de Sarah Baker, com um homem praticamente da idade dele, Martin, de Paul Reiser.

O elenco tem ainda Lisa Edelstein, a Cuddy da série House; Nancy Travis como Lisa; e Haley Joel Osment (como esquecer O Sexto Sentido), como Robby, neto de Norman. Destaque, porém, para Kathleen Turner, como Roz, ex-mulher de Sandy. A atriz viveu grandes aventuras ao lado de Michael Douglas em filmes nos anos 1980 – Tudo por uma esmeralda e A Joia do Nilo, assim como Danny DeVito, que participa da série como médico.

Os protagonistas vivem seus amores, questões familiares, profissionais e de saúde, o luto, e uma sexualidade plena e ativa. Uma velhice de desafios, mas principalmente de potencialidade e novas possibilidades. Um spoiler breve da terceira e última temporada, lançada em maio deste ano, é a participação especial de Morgan Freeman como ele mesmo, e o contraponto entre o sucesso de uma das alunas do Método Kominsky e a conquista do experiente Sandy. A série assim mostra que os sonhos não envelhecem e sempre há tempo para vivê-los.

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