A 1ª Virada da Maturidade terminou ontem, dia 4 de outubro, trazendo desde quinta-feira, dia 1º de outubro, uma série de eventos com foco no protagonismo na terceira idade. Na sexta-feira, acompanhei a quarta edição do Diálogos Itaú Viver Mais, com o tema “Empreendedorismo na terceira idade”, um dos parceiros da Virada, e a experiência não poderia ter sido melhor. Muito se falou sobre as oportunidades para quem passou dos 60, ou está chegando de lá, de empreender seja para complementar a renda, já que muitas vezes apenas a aposentadoria não é suficiente, seja para realizar um antigo sonho, seja para manter-se em atividade. O diferencial que não se trata de empreender apenas visando o lucro, mas com um propósito de benefício para todos. Como disse Carlos Ximenes, do Itaú Viver Mais, “velho é não gostar do novo” e empreender é olhar as coias em uma nova perspectiva.
Entre os palestrantes Daniela Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Pizza Hut, empresa que mantém o programa Atividade, focado na recolocação profissional de quem passou dos 60 anos. São 12 anos investindo na troca de conhecimento entre as gerações, já que eles também empregam uma grande parcela de jovens. Segundo ela, 10% de um total de 1.300 funcionários têm 60 anos ou mais.
O empresário Luís Alonso apresentou a experiência da Maturi, empresa de cosméticos voltados exclusivamente para a terceira idade, que mantém com os sócios Flávio Rijo e Rodolfo Barros. Eles investem em matérias-primas naturais, embalagens de fácil manuseio e com rótulos bem legíveis. Já, Bernardo Schulze trouxe a experiência de quem empreendeu depois da aposentadoria e continua pensando em um novo negócio. Sua frase chama a atenção: “O que eu pretendo para o futuro?”.
O empreendedorismo para a transformação social foi o tema de Cláudia Soares de Oliveira, do Ipros, Organização Não Governamental (ONG) que busca inspirar pessoas a ampliar o olhar e transformar a vida por meio do empreendedorismo. O desafio do que fazer com a longevidade, com mais anos de vida, foi um dos pontos que ela destacou. Será que há um único modelo de envelhecimento, há uma obrigação de ser ativo? Reflexões interessantes, como ela bem disse, que são mais uma demanda da sociedade, do que um desejo individual.
Todo esse debate me chamou a atenção para as diferentes vertentes do envelhecimento. A importância do estímulo ao protagonismo, a que quem passou dos 60 anos, ou está chegando lá, crie sua própria dinâmica de vida, tenha a oportunidade de conhecer diferentes caminhos para escolher qual seguir para envelhecer com qualidade de vida. Conheça mais sobre o projeto Itaú Viver Mais.