A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), por meio do Departamento de ORL Geriátrica, desperta a atenção da população para os principais problemas otorrinolaringológicos que podem afetar a vida e autonomia da pessoa idosa e incentivar a busca por avaliação médica.
No início de outubro, aconteceu a Semana de Otorrinogeriatria. Saiba mais sobre a especialidade nos canais oficiais no Instagram e Facebook. E você sabe quando procurar um especialista? Confira os principais cuidados otorrinolaringológicos para a saúde da pessoa idosa:
É possível prevenir e evitar as quedas
A tontura é um problema muito comum nesta faixa etária e pode causar queda. De acordo com os otorrinos, são muitas causas possíveis, como reação a medicamentos, consumo excessivo de café ou álcool, alimentação e hidratação inadequadas. A perda de audição e o zumbido podem se somar ao quadro. Os idosos podem sofrer fraturas cirúrgicas de difícil recuperação, com grave transtorno ao seu estado geral.
A questão do equilíbrio deve ser levada a sério e investigada. Com o diagnóstico realizado pelo otorrinolaringologista e tratamento adequado, é possível prevenir e evitar as quedas, proporcionando uma melhor condição de vida e bem-estar.
Sono não reparador
Uma noite mal dormida vai além da sonolência diurna: pode ocasionar tropeços, quedas e até acidentes de automóvel (pela falta de reflexos). Além de criar uma rotina para dormir, com horários regrados, alimentação balanceada e uso controlado das tecnologias (como smartphones e TVs), é preciso investigar as causas do sono não reparador.
A Medicina do Sono é uma área de atuação – e a otorrinolaringologia é uma das especialidades médicas que podem contribuir com essa investigação. Nas pessoas idosas, o ronco pode ser um alerta para a apneia obstrutiva do sono, e também há problemas como insônia (falta de sono) ou hipersonia (sono excessivo).
Dificuldades de comunicação
Os distúrbios decorrentes da dificuldade de comunicação isolam a pessoa idosa, impedem sua socialização e convivência afetiva com família e amigos. E são diversos: perda auditiva (presbiacusia), o envelhecimento natural da voz (presbifonia), dificuldade em se expressar.
Os otorrinos alertam que soma-se a esses fatores a dificuldade de engolir e engasgos relacionados ao envelhecimento das estruturas e funções da laringe (presbifagia), gerando insegurança nas atividades sociais. Por meio de investigação e tratamento adequado, é possível proporcionar a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa.
Alterações no olfato e paladar
O olfato é fundamental para a segurança de uma pessoa, ainda mais para a pessoa idosa. Aumenta, por exemplo, o risco de acidentes, por não sentir cheiro de fumaça ou escapamento de gás. E com a perda de paladar, pode-se ingerir alimentos deteriorados, gerando intoxicação alimentar, além do uso excessivo de sal e temperos por não sentir o sabor dos alimentos, aumentando o risco de hipertensão e irritação gástrica.
E não é apenas a covid-19 que causa alteração do olfato e paladar. Os idosos, segundo os otorrinos, podem ter diversos problemas nasais, mas, principalmente, se sabe que este é um sinal de doenças neurológicas degenerativas, como Parkinson e Alzheimer, em fase precoce, onde há melhor resposta a medicamentos específicos. Uma investigação com um otorrino pode ser fundamental nessa hora.
ABORL-CCF
A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade através de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais.
(Fonte: ABORL-CCF e Midiaria / Imagem principal Woman photo created by gpointstudio – www.freepik.com)