A campanha #soumaissessenta, promovida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo e o Metrô, em conjunto com a USP60+, Aging2.0, Ativen, Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-Brasil) e outros parceiros da sociedade civil organizada, desde terça-feira, 1 de dezembro, traz múltiplas ações de combate ao idadismo – o preconceito contra pessoas idosas.
A iniciativa inclui avisos sonoros de estações e trens, televisores nas plataformas e dentro das composições, além de ações nas redes sociais. O objetivo é mostrar que o Metrô, que possibilita o encontro diário de diversas gerações, é contra esse e todos os demais preconceitos.
Cartazes fixados na Estação Sumaré do Metrô paulista trazem histórias de vida de pessoas 60+ socialmente ativas e que contribuem com a sociedade em vários aspectos, são exemplos de superação, de amor ao próximo, generosidade, objetividade e de alegria de viver.
Entre os destaques da #soumaissessenta, Neuza Guerreiro de Carvalho, de 90 anos, que mantém o blog Vovó Neuza e realiza o curso de memória autobiográfica, entre outras atividades, e a ativista da longevidade Norma Rangel (imagem), do Novo D+ Para Ser Velho, responsável por mais de 600 acolhimentos telefônicos no período de pandemia de Covid-19.
Para a coordenadora de Políticas para a Pessoa Idosa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Sandra Regina Gomes, a ação é um importante passo na construção de políticas públicas feitas para quebrar estigmas negativos que recaem sobre a população 60+.
Cláudia Carletto, secretária de Direitos Humanos e Cidadania, afirma que
“tratar bem os idosos, não só no transporte, mas em todo o espaço urbano é, além de uma questão de direitos, uma ação crucial para uma São Paulo inclusiva e economicamente ativa”.
A emissão de mensagens sonoras ocorre nos trens e estações. As falas têm como objetivo conscientizar o usuário acerca da importância do respeito aos idosos. Já nas redes sociais, os perfis oficiais do Metrô aderem a #OrgulhoSessentaMais, que deve atingir um público para além do passageiro habitual.
Ainda no meio eletrônico, as TVs instaladas dentro dos trens reproduzem quatro esquetes com dramatizações inspiradas no cinema mudo. A performance de atores voluntários da Cia. T3rceiro Ato visa evidenciar e fazer refletir sobre situações diversas e cotidianas de discriminação de pessoas pela idade.
A #soumaissessenta também se estende aos funcionários do Metrô, que puderam participar de um evento virtual com autoridades no assunto. A intenção é que metroviários sirvam de referência e que possam conferir reconhecimento e valorização aos mais velhos, buscando distanciar a discriminação, a marginalização e a exclusão social dessas pessoas.
Outras ações
No Metrô de São Paulo, quem tem idade igual ou superior a 60 anos conta com acessibilidade, atendimento preferencial com auxílio de funcionários capacitados, assentos preferenciais em quantidade acima da determinada e o bilhete do idoso.
Há ainda o programa “Experiente Cidadão”, que promove visitas às dependências da companhia orientadas por empregados do Centro de Controle Operacional. Os idosos conhecem o funcionamento do sistema, tiram dúvidas e dividem experiências, além de orientações de prevenção à queda e de bom uso do metrô.
(Fonte: Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo/ Imagens: Divulgação)