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Remobilize avalia impacto da pandemia na mobilidade

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A pesquisa Remobilize, que avalia o impacto do isolamento na saúde e mobilidade da pessoa idosa no Brasil, tem à frente a dra. Mônica Perracini, professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid). A especialista alerta para uma atenção aos idosos e às suas necessidades, mudanças no estado de saúde e que cuidadores os estimulem para a realização de atividades em casa.

O estudo Remobilize, como é denominada a Rede de Estudos em Mobilidade no Envelhecimento, conta com a participação de pesquisadores de universidades de diversos estados do Brasil e é conduzido por meio de questionários on-line e entrevistas por telefone. Dados de pessoas acima de 60 anos foram coletados entre os meses de abril e junho e estão sendo avaliados por profissionais em processos organizados de três, seis e 12 meses após o primeiro contato.

“Terminamos a primeira fase da pesquisa, que foi a coleta de dados on-line de maio a julho. Nesse primeiro momento, temos a participação de 1.482 idosos em todas as regiões do Brasil”, explica a dra. Mônica Perracini, que coordena o Remobilize. Desse total de idosos, a fisioterapeuta revelou que o maior percentual de participantes está nas regiões Sudeste e Nordeste, 43,1% e 42,7%, respectivamente. Na região Sul, o percentual é de 3,8%, no Centro-Oeste, 3,5% e na região Norte 6,9%.

Remobilize - estudo mobilidade idosos

“A pesquisa mostra ainda dados como: 73,9% dos avaliados são mulheres e 26,1% homens, dos quais, 62,6% moram em casa, 30% em prédio e 7,4% apontaram que moram em sobrado. Sobre mudanças de comportamento na pandemia, 46,9% dos idosos relataram que só saem quando inevitável e 29,3% estão completamente isolados. Outros estudos foram feitos, como a quantidade de horas que os idosos passam sentados e qual o percentual de participantes que têm dificuldade para dormir”, conta coordenadora.

Incentivo à mobilidade

Sobre o período de quarentena, a especialista alerta que devido à redução exponencial de atividades físicas, é primordial que a população idosa reconheça a importância da mobilidade no processo de saúde e qualidade de vida. Orienta ainda para que os cuidadores, atentem-se aos idosos, às suas necessidades, e que os estimulem para a realização de atividades em casa.

“A falta de mobilidade pode levar a um descondicionamento geral, mas principalmente neuromotor gerando maior risco de quedas e fraturas, declínio da força muscular e do equilíbrio. É importante manter as atividades, mesmo nesse período de pandemia. Exercícios caseiros são uma boa alternativa. Estamos avaliando comportamento, saúde, entre outros pontos a partir dessa pesquisa, e queremos chamar essa atenção”, argumenta Mônica (foto – reprodução).

No cenário geral, a fisioterapeuta aponta que idosos com um quadro de dor crônica, fadiga e doenças como diabetes, insuficiência cardíaca e osteoartrose, podem ter um declínio ainda mais acentuado da mobilidade devido a essa mudança atual de comportamentos e rotinas.

“A pandemia não traz consequências apenas físicas. Muitos idosos que moram sozinhos estão sentindo solidão e sofrendo de ansiedade por conta da incerteza do futuro e do fato de terem restringido as suas atividades sociais. Isso gera problemas de humor, distúrbios de sono que podem se somar aos problemas de saúde já existentes”, avalia. 

Qualidade de vida

A especialista aponta que a mobilidade é um indicador da qualidade de vida na velhice e que mantê-la acima dos 60 anos de idade, é fundamental. Mônica avalia ainda que o acompanhamento dos idosos a partir do Remobilize, permitirá saber se os idosos irão conseguir retomar os níveis de mobilidade prévios a pandemia, e ainda identificar possíveis consequências negativas, permitindo desenvolver ações preventivas e/ou de reabilitação durante e após a pandemia. Saiba mais em https://www.remobilize.com.br/.

(Fonte: XCOM Agência de Comunicação Unicid / Imagem principal Pexels)

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