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Saia na Noite combina pedal noturno, amizade e alegria

Saia na noite reprodução Facebook

As noites de terça-feira certamente não estão mais tão divertidas para as mulheres que fazem parte do grupo de pedal feminino mais longevo do Brasil. Com as atividades suspensas devido à pandemia de Covid-19, em breve, o Saia na Noite voltará a percorrer as ruas da cidade de São Paulo, estimulando a prática de exercício, amizade e boas risadas.

Tudo começou em 1992 com Teresa D’Aprile, que completa esse ano 72 anos. Ela se separou aos 37 anos e comprou uma bicicleta, que se transformou em meio de transporte e também em uma forma de lazer. A ideia do Saia na Noite começou no grupo de ciclismo noturno, Night Biker’s Club, fundado pela cicloativista e jornalista Renata Falzoni (leia a entrevista com ela no blog) em 1989.

O Saia na Noite começou em 1992, com Teresa e algumas amigas, mas, depois de uma reportagem, o número de participantes cresceu. Ao longo de 28 anos, o grupo chegou a ter 120 pessoas. Os passeios noturnos semanais reúnem aproximadamente 20 mulheres, para um percurso de 20 a 25 quilômetros por mais de 15 roteiros diferentes.

As mulheres do Saia na Noite têm idades variadas, de 35 a 65 anos. Elas compartilham a vida e a paixão pela bicicleta como mostra o vídeo do aniversário de 25 anos do grupo.

SAIA NA NOITE 25 anos

E o grupo não é só para quem tem muitos anos de bicicleta, há espaço para quem está começando. A recomendação é chegar antes dos passeios, quando eles forem retomados, para conversar e conhecer o grupo. Há todo um acompanhamento para as novatas, ninguém fica sozinha ou para trás.

“Cada mulher que eu boto para pedalar é uma conquista. Eu amo. Elas fazem muita amizade. Com a bicicleta você interage muito, não tem idade. 16 ou 70 anos, somos todos ciclistas”, destaca. O Saia está sempre aberto para novas integrantes. Acompanhe as redes sociais – Facebook e Instagram – e o site.

Paixão pela bike e pela vida

Quando iniciou o grupo, Teresa conta que não havia mulheres mais velhas pedalando. As pessoas logo olhavam perguntando: “O que essa velha está fazendo aqui?”. Para ela, é importante que as mulheres tenham uma noite para elas, um momento de relaxamento, troca e convivência. “É um grupo muito feliz, a gente se diverte. Você tem que fazer alguma coisa por você, tem que ter um tempo pra gente”.

Teresa trabalhou por 22 anos em lojas de bicicletas, e usa a bicicleta como meio de transporte desde 1985. Fez a primeira tatuagem aos 50 anos e há mais de 20 anos mantém o mesmo peso. Atualmente leciona italiano e oferece assessoria técnica para quem já sabe pedalar, ensinando a trocar marcha, posição das mãos e como andar na rua, por exemplo. (Katia Brito / Fotos: Reprodução Facebook)

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