São Paulo ocupa a quarta posição entre as 10 cidades ideais para envelhecer, segundo o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), divulgado essa semana pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. O levantamento avalia a preparação de 876 cidades de grande e pequeno porte do país para promover a longevidade com qualidade de vida. Entre as grandes cidades, o primeiro lugar ficou com São Caetano do Sul, na região do ABC.
Na segunda edição do IDL foram pesquisadas 280 cidades brasileiras entre aquelas com maior número de habitantes e 596 pequenas cidades entre as que apresentam menor número de habitantes. O levantamento também diferencia o índice para pessoas com idade de 60 a 75 anos e para a população com mais de 75 anos. Nestas categorias, São Paulo ficou com o terceiro e quarto lugar, respectivamente.
A composição geral dos rankings do IDL é baseada em sete variáveis: Indicadores gerais, Cuidados de saúde, Bem-estar, Finanças, Habitação, Educação e trabalho e Cultura e engajamento. Em cada variável, múltiplos indicadores são analisados. Para obter todos as sete variáveis, foi aproveitada a estrutura da primeira edição, publicada em 2015, que continha 65 indicadores e avaliou 450 cidades.
O estudo aponta que a capital apresentou bom desempenho em Bem-estar, Habitação e Educação e Trabalho, graças a taxa de idosos cobertos pela saúde suplementar, condomínios residenciais voltados para esse público e o desenvolvimento municipal em educação. Destaque também na categoria Finanças, na qual a cidade ocupa o primeiro lugar.
A cidade também conquistou recentemente o Selo Intermediário do programa estadual SP Amigo do Idoso, e mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus se prepara para a conquista do Selo Pleno com a aplicação online do Instrumento de Diagnóstico do Envelhecimento Ativo (IDEA/Idoso), buscando garantir a representatividade das diferentes velhices paulistanas. Na foto principal, um dos Núcleos de Convivência do Idoso (NCI) da cidade, que atualmente estão com as atividades presenciais suspensas.
Entre os desafios apontados pelo IDL para a capital se referem aos Cuidados com a Saúde e a concentração de renda em uma parcela menor da população. Os Indicadores Sociodemográficos da População Idosa Residente na Cidade de São Paulo, lançado em fevereiro pela Coordenadoria de Políticas para Pessoa Idosa, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, já apontava que a diferença de 14 anos na expectativa de vida entre quem nasce no bairro Alto de Pinheiros, local com o melhor índice, e São Miguel Paulista, com a pior taxa.
Cidades pequenas
No ranking das cidades pequenas, a liderança é de Adamantina, no interior de São Paulo, que ficou em primeiro na classificação geral e nos índices para pessoas com 60 e 75 anos e com mais de 75 anos. A segunda até a nona posição do IDL também são ocupadas por cidades do interior de São Paulo: Vinhedo, Lins, São João da Boa Vista, Itapira, Tupã, Fernandópolis, Votuporanga e Dracena.
Alto Tietê
Na região do Alto Tietê, o município melhor classificado entre as cidades grandes é Poá que aparece em 65° no ranking agregado, 66º para a idade 60 a 75 anos, e 33° para pessoas com mais de 75 anos. A segunda melhor é Mogi das Cruzes ficou com a 122ª posição no ranking agregado, 118º de 60 a 75 anos e 158º acima de 75 anos.