Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, é uma das cidades que terão segundo turno nas eleições para prefeito. Os eleitores voltam às urnas no domingo, dia 29 de novembro, para escolher entre o atual prefeito Marcus Melo (PSDB) e o vereador Caio Cunha (Podemos). O blog Nova Maturidade perguntou aos candidatos sobre propostas para a população idosa e o envelhecimento populacional da cidade. Confira:
No seu programa de governo existem projetos voltados para a população com 60 anos ou mais? Quais são?
Caio Cunha: Sim. Temos a tendência de pensar apenas na saúde do idoso. Mas a atenção à terceira idade é muito mais abrangente, não só à saúde, mas na criação de atividades culturais, esportivas, empreendedoras, educativas e até cidadã, ao estimulá-los com projetos para que participem mais das ações da cidade. Dentre nossas ações está a criação de um programa na administração municipal para garantir inclusão e o respeito, oportunizando emprego e renda. Vamos também expandir os serviços do Pró-Hiper, aumentando a oferta de vagas para as atividades oferecidas.
Marcus Melo: Sim! São muitos. Inclusive, isso já faz parte do nosso cotidiano nos últimos quatro anos. A atenção aos idosos tem sido exclusiva na minha gestão: Aderimos aos programas São Paulo Amigo do Idoso e ao Estratégia Brasil amigo da Pessoa Idosa. Criamos e reformamos inúmeras Academias da Terceira Idade (ATIs), que hoje já são quase 100 na cidade de Mogi das Cruzes, e construímos o Pró-Hiper, um espaço exclusivo para a prática de exercícios pelos idosos. Lá também oferecemos aulas de musculação e hidroginástica supervisionadas e palestras orientativas sobre qualidade de vida. Mogi receberá nos próximos quatro anos durante minha gestão um novo Pró-Hiper, que receberá a instalação de 3 novas piscinas.
Como você avalia o envelhecimento populacional da cidade?
Caio Cunha: Isso é um bom sinal. As pessoas estão vivendo mais. E vivendo melhor. E por isso é fundamental termos equipamentos destinados aos idosos como as Academias da Terceira Idade (ATIs) e o Pró-Hiper, porque eles contribuem para maior saúde da população e com o envelhecimento saudável. Cerca de 14%, uma média de 60.600 mogianos são idosos. Envelhecer com saúde e qualidade de vida é o que queremos proporcionar para a nossa população, e isso depende do quanto a administração municipal investe.
Marcus Melo: Pensando no âmbito nacional e até mesmo global, a população mundial tem vivido mais. Amparando-os com estrutura para que os mesmos possam vir a ter melhor qualidade de vida, podemos contar com nossos munícipes para inúmeras atividades. Não basta viver mais. Não basta oferecer-lhes gratuidades pontuais. É preciso somarmos todos esses pontos para que o idoso seja e sinta-se parte integrante e ativa da edificação de nossa cidade. Merecem seu protagonismo e são parte viva de nossa história. Sempre defendi e continuarei defendendo o melhor para toda a população idosa de Mogi das Cruzes.
Como fomentar o envolvimento das pessoas idosas nas questões da cidade?
Caio Cunha: O mandato colaborativo sempre foi um pilar fundamental enquanto vereador e não poderia ser diferente à frente da Prefeitura. Sempre estimulamos a participação das pessoas mostrando a elas que a cidade depende das boas habilidades que elas possuem. É assim que construímos uma boa cidade, abrindo espaço para que as pessoas contribuam com suas habilidades e competências.
Marcus Melo: Mais que fomentar o envolvimento, é preciso que os idosos em momento algum deixem de ser parte ativa em todas as questões políticas na cidade. Como disse anteriormente, o idoso merece seu protagonismo porque é também história viva. Ao ouvirmos nossos avós, desde quando somos crianças, recebemos de maneira carinhosa toda a sua experiência de vida e isso faz com que possamos dar nossos primeiros passos rumo ao amadurecimento. Acredito que o mogiano que se encontra, hoje, na terceira idade, merece ser visto como um contribuinte ao legado que nos é dado diariamente. Meu agradecimento a eles é convertido em estrutura para que cada pessoa idosa de nossa cidade sinta-se em seu mais alto nível física e psicologicamente.
São Paulo
Na capital paulista, a disputa do segundo turno das eleições será entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Os programas de governo dos candidatos não têm propostas específicas para a população idosa.
Na campanha eleitoral de Boulos circula um vídeo com sua vice Luiza Erundina, de 85 anos, atualmente deputada federal mas que já foi prefeita de São Paulo, convidando os idosos a votarem. Segundo ela, a velhice está no olho de quem a vê, seu coração está batendo e a mente estimulada a fazer bem e trabalhar em conjunto. Ela apela para que os companheiros de sua geração não permitam ser tratados com infantilidade, pois são uma força viva enorme.
Bruno Covas tem a seu favor neste segundo turno os avanços conquistados com a Coordenaria de Políticas para a Pessoa Idosa, órgão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. A cidade obteve o Selo Intermediário do programa estadual São Paulo Amigo do Idoso no ano passado e agora trabalha para receber o Selo Pleno. A coordenadoria realiza de forma virtual o Instrumento de Diagnóstico do Envelhecimento Ativo (IDEA Idoso), ouvindo as diferentes velhices da cidade.
Novo turno
Na votação do segundo turno no domingo, além do uso obrigatório de máscara, se possível, cada eleitor deve levar sua própria caneta para assinar o caderno de votação e levar anotados os nomes e números dos candidatos (a “cola eleitoral”) para votar o mais rápido possível. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orienta que, de preferência, o eleitor não leve crianças nem acompanhantes para o local de votação.
O segundo turno também será das 7 às 17 horas, com horário preferencial para quem tem 60 anos ou mais das 7 às 10 horas. Os demais eleitores não serão proibidos de votar neste horário, mas devem, se possível, comparecer a partir das 10 horas, respeitando a preferência.
(Katia Brito/ Imagem principal: Antonio Augusto-Ascom-TSE)