“As novas demandas do envelhecimento e a CID-11 – Perspectivas das Américas” são os temas do seminário virtual que será realizado no dia 19 de agosto, às 11h30 (horário de São Paulo). A iniciativa é dos departamentos de Evidência e Inteligência para Ação em Saúde (EIH/HA) e de Família, Promoção da Saúde e Curso de Vida, Unidade de Curso de Vida Saudável (FPL/HL) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), órgãos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com os organizadores, o objetivo do seminário é promover a discussão entre especialistas da região sobre as novas demandas do envelhecimento e a 11ª revisão Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11, para a divulgação de mecanismos de participação para propostas sobre o tema. Inscrições pelo link.
A possível inclusão de velhice como doença no CID-11, que deve entrar em vigor em janeiro de 2022, tem gerado críticas e mobilizado profissionais e entidades de diferentes setores. A campanha Velhice Não é Doença criou um manifesto e tem conquistado cada vez mais adesões.
Revisão da classificação
As classificações, segundo a OPAS/OMS, são usadas para descrever a saúde da população, gerar informações e analisá-las. Uma das classificações centrais da Família de Classificações Internacionais (FCI) é a CID, que é implementada de maneira ampla em todo o mundo.
A FCI inclui um conjunto de classificações que fornecem a estrutura conceitual para classificar e codificar uma ampla gama de informações relacionadas à saúde. Entre os exemplos: diagnósticos, causas de morte, funcionalidade, deficiência, razões para entrar em contato com os serviços de saúde, procedimentos médicos etc.
Em maio de 2019, os estados membros aprovaram a CID-11. A 11ª revisão, de acordo com a OMS, é o resultado de uma colaboração de médicos, estatísticos e especialistas em classificação e tecnologia da informação de todo o mundo, para que possa ser usada por esses grupos, bem como por codificadores.
Além disso, a OMS defende que a CID-11 é de fácil utilização em ambientes eletrônicos, acompanhado de um conjunto de ferramentas para facilitar a implementação. Entre as novidades, está a plataforma de manutenção (disponível em espanhol e inglês https://icd.who.int/dev11/lm/en), que permite que diferentes usuários incluam observações e sugestões de alterações e correções.
Para a OPAS/OMS, também responsável pela Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) aprovada em 2020 em conjunto com as Nações Unidas, é importante que especialistas em envelhecimento e classificações trabalhem em conjunto para promover as mudanças exigidas e necessárias à geração de informações em saúde. E assim permitir a formulação de políticas públicas eficazes e promoção do envelhecimento saudável. Que assim seja!
(Fonte: OPAS/OMS / Imagem principal: Pessoas foto criado por katemangostar – br.freepik.com)