O sexo acaba quando a menopausa chega? Como ficam o desejo, a excitação e o prazer no envelhecimento? O meu corpo envelheceu, e agora? A psicóloga Aline Sardinha vai levantar estas e outras perguntas na quarta-feira, dia 26 de agosto, durante a live Sexualidade e envelhecimento: desafios e possibilidades, no Instagram do Avance Centro-Dia 60+.
A manutenção do desejo nas relações duradouras, problemas de ereção, além dos mitos e tabus compartilhados pelos profissionais de saúde também farão parte desta discussão. Aline, que é doutora em Saúde Mental e terapeuta cognitiva pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, será acompanhada pela gerontóloga Carolina Ruiz.
O encontro faz parte da programação “Avance nas Lives”. Uma das ações do Centro-Dia, que funciona no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro. O objetivo é ajudar idosos e seus filhos (muitos também entrando na terceira idade), estimulando o investimento na prevenção de doenças.
A série de lives também chama a atenção para a importância do autocuidado, do cuidado humanizado, quebra de tabus sobre o envelhecimento e a valorização da pessoa idosa. Os encontros são realizadas no Instagram da Avance (@avancecentrodia), sempre às quartas-feiras, das 20 às 21 horas.
A casa, que recebe idosos para atividades direcionadas, alimentação e cuidados está com as atividades presenciais suspensas durante a pandemia. Neste período, além das lives, promove oficinas online de estimulação cognitiva (ginástica do cérebro) e oferece apoio psicológico para frequentadores e familiares.
Tabus da sexualidade
Aline (foto) afirma que os tabus sobre a sexualidade têm relação com a maneira como as pessoas foram criadas, socializadas, acreditando que sexo é uma coisa íntima sobre a qual não se deve ser falar. A psicológa sugere pensar ainda sobre o mito do corpo jovem, já que a sociedade potencializa isso gerando um impacto enorme.
Os padrões inatingíveis levam mulheres a uma série de procedimentos estéticos, incluindo até o uso de hormônios de forma inadequada com o objetivo de parecer cada vez mais jovem. Aline explica que há mulheres que entendem que seu desenvolvimento sexual deveria ser o mesmo ou que o melhor é não ter sexo.
“Se não tenho um corpo como era antes, eu não tenho um corpo sexual. A percepção de que meu corpo agora é de avó, de mulher velha, portanto, não faz mais sentido fazer sexo com aquele corpo”.
Nos homens, de acordo com a especialista, os mitos giram mais em torno do desempenho erétil: tempo, rigidez e duração de ereção, o que pode levar a um uso abusivo de medicamentos.
(Fontes: Dedicata Assessoria & Conteúdo / Avance Centro-Dia 60+)