Nova Maturidade

#StopIdadismo celebra primeiro ano de ativismo

Delegação do Movimento #StopIdadismo, formada por José Carreira, Bruno Esteves e Silvia Triboni foi recebida pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. João Paulo Rebelo, na entrega do calendário "8 e 80" (Reprodução Facebook)

Abril terminou com uma comemoração importante: o primeiro ano do movimento #StopIdadismo, lançado oficialmente em 30 de abril de 2021. De acordo com José Carreira, representante da iniciativa em Portugal, a iniciativa, hoje presente em 11 países de língua oficial portuguesa e espanhola, responde a um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) por ações de combate ao idadismo, comportamento que ficou ainda mais evidenciado na pandemia de Covid-19.

O “Relatório Global sobre Preconceito de Idade”, lançado pela OMS e outras agências da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 18 de março de 2021, apontou que a discriminação por idade se infiltra em muitas instituições e setores da sociedade. A pesquisa foi realizada com 83 mil pessoas em 57 países. “Em linha com a OMS, um conjunto de organizações sociais e meios de comunicação de países íbero-americanos estruturou e lançou oficialmente no dia 30 de abril de 2021 o movimento global #StopIdadismo”, conta Carreira.

No Brasil, a adesão foi surpreendente. “O movimento chegou ao Brasil através da força da sociedade civil e da energia de ativistas e empreenderes sociais, bem como de alguns jornalistas. A adesão tem sido fantástica e supera, largamente, as nossas melhores expectativas, pois sabemos que este tema não desperta muito a atenção. Os velhos são invisíveis, transparentes, não têm voz e poucos assumem o protagonismo das suas vidas. Todavia, temos encontrado, no país irmão, cada vez mais, pessoas motivadas para a ação e que agem, efetivamente, combinando emoção e razão”, destaca. Atualmente 11 países participam do #StopIdadismo.

#StopIdadismo em ação

Carreira salienta que as ações do movimento visamatingir três objetivos: identificar, denunciar e derrubar preconceitos; construir pontes entre gerações e contribuir para uma Comunidade Para Todas as Idades (#AWorld4AllAges). “Temos dinamizado a plataforma https://stopidadismo.pt/ e as redes sociais, de modo a informar e sensibilizar a comunidade, com o objetivo de colocar o tema na ordem do dia. Participamos e dinamizamos a nível nacional e internacional fóruns de debate e campanhas de apelo à ação”, ressalta.

#StopIdadismo

Entre as ações, o representante do movimento em Portugal, destaca a campanha contra os maus-tratos às pessoas idosas, através da gravação e divulgação de vídeos com especialistas que chamaram a atenção para a prevenção, bem como a produção, por parte dos cidadãos, de cartazes e vídeos sobre o tema.

“Demos força à agenda dos direitos das pessoas idosas. O movimento #StopIdadismo procurou discutir o tema com os candidatos às eleições autárquicas e legislativas em Portugal. Na campanha  ‘Voto 60 Mais – Vote nos Candidatos que Defendem os seus Direitos’, chamamos a atenção para a importância dos eleitores na faixa etária dos 60 anos em diante votarem e elegerem candidatos que tenham apresentado, nos seus programas, propostas que lhes digam, efetivamente, respeito e contribuam para a sua qualidade de vida e garantia de direitos e dignidade”, afirmou. 

Na plataforma Change.org, foi criada também a campanha #StopIdadismo: Não à Discriminação Pela Idade que visa recolher assinaturas de modo a conscientizar a sociedade para a necessidade de colocar o idadismo na agenda social e política.

Em Portugal, foi criado o Calendário “8 e 80” para o ano de 2022, que tem como objetivo sensibilizar as crianças nas escolas, as famílias e à sociedade, para o tema do preconceito pela idade. “Este calendário promove, de forma criativa, as práticas da educação para a não descriminação, já objeto de trabalho em muitas escolas. Com uma linguagem simples e desenhos exclusivos, adequados à sua idade, as crianças aprendem atitudes importantes, que transmitirão aos seus amigos e às suas famílias. O grande objetivo passa por trabalhar os conceitos e conteúdos nas escolas, no âmbito da educação para a cidadania”.

Primeiro ano

O primeiro ano do movimento tem um balanço extremamente positivo para Carreira (Foto: Divulgação): “Estamos muito entusiasmados, uma vez que conseguimos reunir muitas pessoas e instituições ao longo do primeiro ano do movimento. Desse ponto de vista esta iniciativa é um sucesso. Creio que o futuro da humanidade estará fortemente condicionado pelos riscos estratégicos do desafio demográfico. O sucesso da nossa ação resultará, em grande medida, da capacidade de conjugarmos vontades e somarmos competências e recursos, nesta caminhada que se prevê longa e exigente”.

Outros pontos importantes, segundo Carreira, são a criação da Liga Íbero-Americana, um processo liderado por Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR); a participação no movimento #VelhicesCidadãs; a elaboração do Selo Anti-Idadismo e, em parceria com o Movimento Atualiza, o trabalho em ferramentas que visam formar e capacitar lideranças e o apoio na divulgação do Guia de Boas Práticas.

Leia em breve no blog mais sobre o #StopIdadismo!

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