Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, destaque para uma atriz 60+, que é uma das protagonistas da continuidade do primeiro filme de heróis com elenco predominante negro: Angela Basset, de 64 anos, que vive a rainha Ramonda, em “Wakanda para Sempre” (2022), em cartaz nos cinemas.
No primeiro filme, “Pantera Negra” (2018), seu personagem era secundário, mas com a morte do herói, vivido pelo saudoso Chadwick Boseman, que morreu em 2020 aos 43 anos, a rainha agora, ao lado de outras grandes mulheres, é a líder do seu povo. Angela também vive um dos destaques da série “9-1-1”, a Sargento Athena Grant, e entre seus personagens marcantes já foi Tina Turner (1993).
Em uma entrevista de 2018, Angela já dizia: “Mas eu gosto de contrariar as expectativas, eu quero que as pessoas vejam como e ter 59 anos e o que essa idade pode fazer”. Imagine agora aos 64! Uma mulher negra poderosa vivendo sua velhice com protagonismo e qualidade de vida! Quem dera fosse assim para toda a população negra, que ainda sofre com o preconceito e as desigualdades.
Em “Wakanda para Sempre”, o povo vive o luto não só pelo herói que se foi, mas pelo ator que morreu jovem, Angela assume a liderança de seu povo e vive brilhantemente a rainha. Aliás é um filme de mulheres fortes, poderosas como ela, como a general Okoye (Danai Gurira, 44 anos), que lidera uma equipe formada apenas por mulheres guerreiras; sua filha Shuri (Letitia Wright, 29), um gênio, responsável pelo desenvolvimento de novas tecnologias, e a “nora” Nakia (Lupita Nyong’o, 39), que revive o papel de espiã.
Embora ficção, Wakanda vislumbra o potencial do que a África poderia ser sem as intervenções e a violência de que seu povo foi e é vítima. O povo do Wakanda, apesar do grande desenvolvimento tecnológico graças ao metal único em suas terras, mantém suas tradições e os diferentes grupos têm voz no conselho de anciões. Claro que há os conflitos naturais dos filmes de heróis, inimigos a serem vencidos, mas a representatividade do filme é inegável.